A recomendação enviada pelo Conselho Superior da
Magistratura (CSM) para todos os juízes e tribunais, dando indicações para que
sejam convocadas apenas as testemunhas essenciais para o esclarecimento dos
processos, é uma boa norma. Que, como diz o bastonários dos Advogados, Marinho
e Pinto, e o responsável sindical dos juízes, Mouraz Lopes, só peca por chegar
tarde demais.
Em muitos processos são convocadas dezenas de testemunhas, cidadãos que se
dispõem ao esclarecimento de processos ou que simplesmente foram arroladas como
tal. Pelo sistema atual, têm de comparecer em todas as sessões de julgamento,
por todo o País, sabendo de antemão que na maioria dos casos não são ouvidas e
que terão de repetir o procedimento a cada vez que forem notificadas. O que o CSM
agora recomenda é que esses cidadãos sejam preservados e que não haja
“incómodos para além do estritamente necessário”.
A esta recomendação deve seguir-se, contudo, a mudança definitiva. Uma alteração que está incluída na reforma da Justiça que está a ser preparada e que prevê que o juiz faça audiências preliminares para determinar o número de testemunhas a ouvir e que calendarize a sua audição. Como diz Marinho e Pinto: é uma mudança que chega com 30 anos de atraso.
A esta recomendação deve seguir-se, contudo, a mudança definitiva. Uma alteração que está incluída na reforma da Justiça que está a ser preparada e que prevê que o juiz faça audiências preliminares para determinar o número de testemunhas a ouvir e que calendarize a sua audição. Como diz Marinho e Pinto: é uma mudança que chega com 30 anos de atraso.
Editorial
Diário de Notícias 28 de Maio de 2012
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