sexta-feira, 26 de abril de 2013
Nova derrota em tribunal pode levar Câmara de Gaia a pagar pelo menos 19 milhões de euros a empresa
Posto por LC à(s) 26.4.13 0 comentários
Uma maioria, um Governo e, agora, um Presidente
O Presidente da República tem sido muito criticado por refugiar-se no Palácio de Belém nos momentos mais tensos do País, particularmente por parte de António José Seguro e dos partidos da Oposição. Hoje, teriam preferido que Cavaco continuasse a ser um Presidente ausente em parte incerta. Cavaco decidiu, ao contrário, romper com o silêncio e a Oposição não gostou, porque apostava na continuação da tese da ‘espiral recessiva' que o Presidente tinha ‘anunciado' no início do ano.
O discurso de Cavaco Silva nos 39 anos do 25 de Abril e da Democracia - uma celebração que já tinha perdido, no ano passado, a capacidade de unir todos - foi seco e sem perda de palavras, como poucos que fez. Não foi um tradicional discurso de consenso, apesar das exigências que se colocam ao País nos próximos anos.
A análise do Presidente da República é, genericamente, certeira e clarificadora sobre o que se passou nos últimos dois anos e sobre a execução do programa de ajustamento, as suas virtudes e defeitos. Mais ainda, sobre o que está para vir depois de Julho de 2014 e da desejável saída da ‘troika' de Portugal, das exigências de redução do défice e dos necessários consensos. Por enquanto, vivemos à conta de financiamento da ‘troika', mas, com eleições antecipadas, vamos directos para um segundo resgate.
Cavaco só peca por defeito na protecção ao ministro das Finanças relativamente aos erros de previsão e aos desvios de alguns dos indicadores económico-financeiros e sociais que não têm apenas a ‘assinatura' da ‘troika'. O memorando não apontava para estes níveis de aumento de impostos, uma opção seguida por Passos Coelho e Gaspar, porque é mais difícil cortar na despesa pública e reformar, mesmo, o Estado. Uma estratégia que trouxe mais recessão e mais desemprego do que o necessário.
Oproblema é que este discurso não ficará para a história pela qualidade da análise económica, mas pela urgência política. Se Cavaco tivesse alinhado pelas teses do PS e da ‘rua', se tivesse encostado o Governo às cordas, recuperaria o país que há muito está afastado de si. Foi pelo caminho mais difícil, surpreendentemente, sem poupar nas palavras. Mas nem sequer as críticas aos líderes europeus e a exigência de que o Governo acelere o plano económico, assuntos caros a Seguro, permitirão reconstruir as pontes com o PS, as pontes que, ainda recentemente, nos roteiros, Cavaco sublinhava da sua própria acção política.
Cavaco Silva percebeu a urgência do país, que não é clara, como se vê no debate político, e discursou em conformidade, sem se esconder por detrás de formalismos. Mas quando todos pedem consensos, a forma encontrada pelo Presidente para pressionar o PSvai necessariamente obrigar o líder da Oposição a radicalizar o seu discurso.
Cavaco Silva deixou de ser, definitivamente, o Presidente de todos os portugueses. Passos Coelho e Paulo Portas deverão ter ficado, igualmente, surpreendidos com a clareza de Cavaco, que os ultrapassou pela direita. E preocupados com as suas consequências. A principal virtude da intervenção do Presidente - já deveria ter sido tão claro como foi ontem - é, ao mesmo tempo, o seu principal defeito. Agora, já não é apenas o Governo que está dependente de Cavaco Silva e da sua disponibilidade para o suportar, é o Presidente, a partir de hoje, que está agarrado ao Governo e ao sucesso e insucesso das suas políticas. Nunca a afirmação "uma maioria, um Governo, um Presidente" foi tão verdadeira.
Posto por Simas Santos à(s) 26.4.13 0 comentários
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O Presidente, o 25 de Abril e o futuro
O certo é que ninguém se ficará a rir se o País não cumprir aquilo a que se obrigou a nível internacional e não recuperar a independência administrativa perdida aquando do pedido de ajuda externa. Em 25 de Abril de 1974, Portugal rejeitou uma ditadura de 48 anos que o amordaçava. Quase 40 anos depois, tem de saber rejeitar uma tendência irresponsável que o afundará numa espiral de endividamento e de miséria.
Posto por Simas Santos à(s) 26.4.13 0 comentários
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O erro sistémico de Gaspar
Que se trata de uma crença, embora travestida de verdade científica, mais ainda do que os escandalosos erros nas folhas de Excel, provam-no as intermináveis surpresas confessadas ao longo destes dois anos por Vítor Gaspar: a surpresa de Gaspar com um ajustamento "mais rápido do que o esperado"; a surpresa de Gaspar com queda abrupta da procura interna; a surpresa de Gaspar com o aumento brutal da taxa de desemprego; a surpresa de Gaspar com uma recessão que é o dobro do previsto; a surpresa de Gaspar com a queda das receitas fiscais; a surpresa de Gaspar com os desvios nas metas do défice e da dívida pública e, mais do que tudo, a surpreendente surpresa de Vítor Gaspar com o facto de as políticas de austeridade terem arrastado a zona euro para uma nova recessão. Tanta surpresa só pode ser sinal de pouca Ciência.
Posto por Simas Santos à(s) 26.4.13 0 comentários
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Cavaco "swap"
Posto por Simas Santos à(s) 26.4.13 0 comentários
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Irmãos Tsarnaev queriam fazer atentado em Nova Iorque a seguir
Posto por Simas Santos à(s) 26.4.13 0 comentários
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Rehn diz acreditar que Portugal vai sair do programa de assistência em 2014
Posto por Simas Santos à(s) 26.4.13 0 comentários
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Siemens admite transferir 325 postos de trabalho para Portugal
Posto por Simas Santos à(s) 26.4.13 0 comentários
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Pacheco Pereira diz que Cavaco desvalorizou a política e a democracia
Posto por Simas Santos à(s) 26.4.13 0 comentários
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Presidente Cavaco Silva na Sessão Solene Comemorativa do 39º Aniversário do 25 de Abril
O Presidente da República participou, na Assembleia da República, na Sessão Solene Comemorativa do 39º Aniversário do 25 de Abril, tendo proferido um discurso alusivo à data.
Posto por LC à(s) 26.4.13 0 comentários
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