segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Supremo Tribunal de Justiça
· Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça n.º 9/2012: Notificado o arguido da audiência de julgamento por forma regular, e faltando injustificadamente à mesma, se o tribunal considerar que a sua presença não é necessária para a descoberta da verdade, nos termos do n.º 1 do artigo 333.º do CPP, deverá dar início ao julgamento, sem tomar quaisquer medidas para assegurar a presença do arguido, e poderá encerrar a audiência na primeira data designada, na ausência do arguido, a não ser que o seu defensor requeira que ele seja ouvido na segunda data marcada, nos termos do n.º 3 do mesmo artigo
Durão Barroso diz que eleições em Itália não podem comprometer reformas
O
presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse hoje, em Oslo, que, seja
qual for a evolução nas eleições italianas, a política de correção das finanças
públicas e de concretização de reformas estruturais tem de prosseguir.
Em
declarações à imprensa portuguesa, em Oslo, antes de receber o Nobel da Paz em
nome da União Europeia (UE), José Manuel Durão Barroso disse que está a
acompanhar a situação em Itália, depois de o primeiro-ministro italiano, Mario
Monti, ter anunciado a intenção de se demitir.
Recusando
fazer comentários sobre a política interna italiana, o presidente da Comissão
Europeia defendeu que “seja qual for a evolução nas eleições, a política atual
de correção das finanças públicas, de reformas estruturais tem de continuar”.
“Tem de
se continuar com uma política séria, porque as perspetivas continuam negativas
para a Itália, embora nos últimos tempos se tenha conseguido um grande
progresso, nomeadamente em termos da redução dos custos do financiamento”,
declarou.
Durão
Barroso disse que “não há soluções mágicas”, nem para a Itália, nem para
qualquer outro Estado-membro, defendendo a necessidade de “manter, com
consistência, os esforços” que estão a ser feitos.
O
presidente da Comissão Europeia disse ainda que países sem a moeda única também
estão a aplicar medidas de austeridade, como o Reino Unido.
“Com ou
sem euro, há algumas medidas que se tornam indispensáveis quando atingimos
situações de desequilíbrios das contas públicas”, sustentou. “É um caminho
muito difícil, muito exigente, mas a alternativa seria muito pior”,
acrescentou.
O
primeiro-ministro italiano comunicou no sábado ao presidente a intenção de se
demitir, depois de Silvio Berlusconi ter retirado o apoio do seu partido ao
Governo.
Monti
acrescentou que a demissão será efetiva assim que o parlamento aprovar a
legislação orçamental.
CSJ //
EJ.
Mon, 10 Dec 2012 13:53:47 GMT | de Lusa
Refundação do Estado tem por detrás projeto de revisão constitucional do PSD – Jorge Miranda
O
constitucionalista Jorge Miranda defendeu hoje que a ideia de refundação do
Estado tem por detrás o projeto de revisão da Constituição do PSD em 2010.
"Há
um programa, o projeto de revisão constitucional do doutor Passos Coelho de
2010/2011, em que há um projeto de refundação do Estado num sentido que tem
sido chamado de neoliberal. Acho que há esse projeto por detrás dessa ideia de
refundação", afirmou Jorge Miranda aos jornalistas.
O
professor de Direito falava à imprensa após intervir num debate na Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa sobre a "sustentabilidade do Estado
social".
Nesse
debate, o professor Blanco de Morais considerou que a refundação do Estado
"ameaça ser feita casuisticamente, sem critério, sem modelo
definido".
Confrontado
com esta ideia de uma refundação para a qual não foram avançados conteúdos,
Jorge Miranda disse que isso em parte é verdade, mas, por outro lado, existe
esse "programa", constituído pelo projeto de revisão constitucional
do PSD em 2010.
Jorge
Miranda voltou a defender que a fiscalização da constitucionalidade do
Orçamento do Estado para 2013 é "indispensável" e "era bom que
fosse preventiva".
"Devia
ter havido um processo mais acelerado de aprovação do Orçamento, tendo em conta
as dificuldades jurídicas que ele levantava", afirmou.
"Claro
que o tempo curtíssimo que o Presidente tem condiciona muito, mas, apesar de
tudo não é impossível. O Presidente tem poder para encurtar a fiscalização no
Tribunal Constitucional", acrescentou.
Questionado
sobre o risco de subversão do Estado Social, Jorge Miranda considerou que
"quer devido à atuação do Tribunal Constitucional, quer devido a
movimentos cívicos que tem havido, quer devido sobretudo a uma consciência que
está muito forte no povo português de que os direitos sociais são direitos
fundamentais, tenho esperança não se chegará lá".
ACL //
SMA
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