O secretário-geral do Sistema de
Informações da República Portuguesa (SIRP) negou esta sexta-feira, em absoluto,
que os relatórios sobre figuras públicas, que terão sido encontrados na posse
de Jorge Silva Carvalho, tenham sido feito pelos serviços que tutela.
De acordo com fontes
parlamentares contactadas pela agência Lusa, esta foi uma das garantias
deixadas por Júlio Pereira na reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais,
que foi requerida pelo PS e que durou cerca de hora e meia.
Perante os deputados, Júlio
Pereira reiterou a garantia deixada quarta-feira pelo primeiro-ministro, Pedro
Passos Coelho, na Assembleia da República, durante o debate quinzenal,
assegurando que relatórios sobre a vida do presidente da Impresa, Pinto
Balsemão, ou do diretor do semanário Expresso, Ricardo Costa, não foram feitos
pelos serviços de informações.
Ainda de acordo com as mesmas
fontes, o secretário-geral do SIRP defendeu que, na sequência de alterações já
introduzidas, os serviços de informações estão em condições de normalização.
Ao longo da audição, Júlio
Pereira fez uma longa exposição sobre os diferentes modelos de fiscalização das
secretas à escala internacional, numa reflexão destinada a perceber o que se
pode melhorar a este nível em Portugal.
Neste contexto, o
secretário-geral do SIRP terá admitido a possibilidade de haver um período de
nojo aplicado aos agentes que pretendam abandonar os serviços de informações
antes de se transferirem para uma actividade privada.