terça-feira, 21 de maio de 2013
Conselho de Estado quer equilíbrio entre disciplina financeira e estímulo à economia
Conselheiros
do Presidente emitiram um comunicado com alguns princípios gerais que
debateram, mas foram parcos em conclusões. Reunião durou sete horas.
A reunião
durou sete horas
BRUNO
CASTANHEIRA
Depois
de sete horas de reunião, os conselheiros do Presidente da República defenderam
a necessidade de se promover um “adequado equilíbrio entre disciplina
financeira, solidariedade e estímulo à actividade económica” no seio dos
Estados-membros, com a ajuda das instituições europeias. Discutiu-se também a
questão tão actual da garantia dos depósitos bancários abaixo dos 100 mil
euros.
Em
comunicado lido pelo secretário do Conselho de Estado, os conselheiros
consideram que cabe ao programa de aprofundamento da União Económica e
Monetária criar condições para que a União Europeia e os Estados-membros
“enfrentem, com êxito, o flagelo do desemprego que os atinge e reconquistem a
confiança dos cidadãos”.
Há
um mês, em viagem de Estado à Colômbia, o Presidente da República afirmou que
os portugueses têm feito grandes sacrifícios e que o país “estaria melhor se as
instituições europeias também fizessem a sua parte”.
Numa
só página com cinco pontos, os 18 conselheiros de Cavaco Silva descrevem ainda
as temáticas que abordaram nesta longa reunião, mas sem tomar mais nenhuma
posição concreta. Se temas de política interna foram abordados, isso não consta
desta comunicação oficial.
Nos
restantes pontos do comunicado, o Conselho de Estado descreve que se debruçou
sobre os “desafios que se colocam ao processo de ajustamento português no
contexto das reformas em curso na União Europeia e tendo em vista o período
pós-troika”. Mas não identifica tais desafios nem como os ultrapassar.
No
quadro da criação de uma União Bancária, lê-se também no documento, “o Conselho
analisou a instituição dos mecanismos de supervisão, de resolução de crises e
de garantia de depósitos dos bancos”, considerada um “passo da maior
importância para corrigir a actual fragmentação dos mercados financeiros da
zona euro”. Sobre a questão da garantia dos depósitos bancários, o ministro das
Finanças assegurou há dias que os depósitos abaixo dos 100 mil euros estão
sempre assegurados e são intocáveis.
Os
conselheiros do Presidente da República contam ainda que se debruçaram sobre a
perspectiva do “reforço da coordenação das políticas económicas e da criação de
um instrumento financeiro de solidariedade destinado a apoiar as reformas
estruturais dos Estados-membros, visando o aumento da competitividade e o crescimento
sustentável”. Mas também não se manifestam sobre como e até que ponto pode ser
reforçada essa coordenação nem as condições desse instrumento financeiro.
Sampaio:
Reunião “foi interessante”
A reunião do Conselho de Estado terminou no palácio de Belém cerca da meia-noite. À saída, boa parte dos conselheiros limitou-se a dizer "boa noite" aos jornalistas.
A reunião do Conselho de Estado terminou no palácio de Belém cerca da meia-noite. À saída, boa parte dos conselheiros limitou-se a dizer "boa noite" aos jornalistas.
O
ex-Presidente da República Jorge Sampaio foi mais explícito: deu um passo atrás
para afirmar que a reunião "foi interessante". Parecia querer dizer
mais alguma coisa, mas depois retraiu-se. Questionado se saía “preocupado” do
encontro, Sampaio respondeu que “preocupante está tudo": "Olhem para
a Síria…”
Questionada
pelos jornalistas sobre se a reunião correu bem, a presidente da Assembleia da
República respondeu "correu, correu". “Bom, agora não vamos falar
mais disso”, apressou-se a acrescentar Assunção Esteves. O ex-Presidente
Ramalho Eanes também lançou um “bem, muito bem”, à mesma pergunta.
Mário Soares
foi o primeiro a sair da reunião às 19h40, enquanto os restantes
conselheiros só abandonaram a sala depois da meia-noite. No fim da
reunião os conselheiros saíram quase todos aos pares. O primeiro-ministro
saiu a conversar, sorridente, com o ex-ministro centrista Bagão Félix, mas nem
sequer levantou os olhos para os jornalistas. Os dois ficaram depois largos
minutos a conversar ao fundo das escadas do palácio.
Público,
21-5-2013O reino da alucinação e da inimputabilidade
José
Vítor Malheiros
1. A única coisa espantosa a propósito da
declaração de Cavaco Silva sobre a sétima avaliação da troika e a estratégica
intervenção no caso por parte de Nossa Senhora de Fátima é a extrema
benevolência com que o caso foi recebido pelo establishment político, pelos
comentadores e pelas instituições em geral. E esta é a única coisa espantosa,
porque Cavaco já nos tem presenteado com pérolas de igual ou superior quilate
e, por isso, o dislate em si não pode ser considerado surpreendente. Mas a
reacção, essa, é sui generis. Na televisão, os entrevistadores fazem um
discreto sorrizinho malicioso quando referem o caso e os entrevistados
entreolham-se fugazmente com um sorriso benevolente enquanto vão dizendo que o
facto está a ser empolado sem necessidade. Claro que adivinhamos todos que, mal
os microfones se desligam, entrevistados e entrevistadores se dobram em
gargalhadas a comentar a última (penúltima, antepenúltima?) tolice do ocupante
do Palácio de Belém, mas em público todos referem o caso com discrição e um
evidente pudor, sem revirar o punhal na ferida, com aquela gentileza que tornou
famosos os nossos brandos costumes e com uma elegância que seria ocioso tentar
explicar ao visado.
O que é espantoso é que parece ter-se instalado o
consenso sobre Cavaco Silva: todos o tratam como tratariam o idiota da aldeia,
com paciência e benevolência, às vezes com um sorriso de comiseração, sem
esconder aqui e ali um lampejo de irritação, mas garantindo-lhe sempre a
inimputabilidade que os costumes, a moral e a lei concedem aos pobres de
espírito. Cavaco deixou, pura e simplesmente, de ser (e de poder ser) levado a
sério. Uma referência a Cavaco no meio de uma conversa é, forçosamente, um
convite à mofa e aos gracejos. O que é grave, já que lhe cabem deveres de
garantia do funcionamento das instituições democráticas que ele é, assim,
absolutamente incapaz de cumprir, seja através de intervenções públicas ou de
lanches privados. O que é grave, porque vivemos um momento de emergência
nacional, de catástrofe social, de submissão a interesses estrangeiros e de
traição aos portugueses que exigiriam a intervenção de um chefe de Estado.
Não é a simples referência a Nossa Senhora de
Fátima que é surpreendente – Paulo Portas acreditava que a maré negra do
petroleiro “Prestige” se tinha desviado da costa portuguesa devido a “uma
intervenção de Nossa Senhora” -, nem o facto de que Cavaco Silva não tenha
percebido que, como chefe de Estado de uma república laica, se deve abster de
propaganda das suas crenças pessoais, nem sequer o facto de o Presidente
manifestar tão débil confiança na sua autoridade que quis desculpar a tirada
atribuindo a justificação milagreira à lavra da sua consorte. Mas há uma
questão política que subjaz às declarações do Presidente da República:
aparentemente (o que surpreende, atendendo a outras declarações suas), Cavaco
Silva considera que a troika se tornou uma bênção de tal prodigalidade que
apenas pode ser explicada por causas sobrenaturais, qual maná celestial. A
imagem poderia ser compreendida – e muito mais pessoas gritariam “milagre” – se
a troika decidisse perdoar-nos a dívida. Mas não foi isso que aconteceu. Esta
aura divina de que o PR reveste a decisão dos nossos principais credores pode
dever-se ao facto de Cavaco Silva estar a ser envenenado com uma substância
hipnótica espalhada nas torradas mas, com hipnose ou sem ela, o PR parece
considerar um sacrilégio que os portugueses pensem ou façam qualquer outra
coisa que não nasça desta troika de três cabeças. Seria mais compreensível e
certamente mais patriótico que Cavaco sonhasse que a troika não é mais do que a
forma humana, mal disfarçada, do cão de três cabeças que guarda os infernos.
Mas imaginar que eles são os serafins favoritos da Virgem Maria é pornográfico.
2. Cavaco não está só na inimputabilidade nem no
desvio alucinatório em relação ao real. O Governo, com Gaspar ao leme, continua
a sua caminhada apocalíptica, indiferente ao consenso crescente sobre os
malefícios da austeridade e a incompetência da governação, indiferente à
pobreza crescente e ao sofrimento dos portugueses, indiferente ao que diz a
ciência política e a economia, ansioso por servir os seus verdadeiros amos, os
barões da finança. O Governo sabe que os portugueses não o apoiam, sabe que
perderá as próximas eleições sejam elas quando forem, sabe que não tem
legitimidade democrática (aquela que advém de um programa sufragado), sabe que
já toda a gente percebeu que a sua única preocupação é enriquecer os poderosos,
sabe que está a destruir o Estado e com ele as vidas de milhões de portugueses
mas prossegue porque pode prosseguir, devido à cadeira vazia que está em Belém.
Que não seja possível substituir um presidente que
deixou de cumprir os seus deveres nem um Governo que quebrou todas as promessas
e que vende o país a quem paga mais são duas das desgraças do actual regime
político, que vai ser preciso reparar mal seja possível.
Público, 21 Maio 2013
Empresas públicas passam a descontar: indemnizações
As
empresas públicas também vão ter de descontar para os novos fundos que serão
criados para pagar as indemnizações por despedimento. A proposta de lei que deu
entrada no Parlamento especifica que os fundos vão abranger os novos contratos
celebrados ao abrigo do Código do Trabalho, mas acrescenta que ficam excluídos
os contratos de muito curta duração bem como as relações de trabalho com os
serviços da administração direta e indireta do Estado, incluindo os institutos
públicos de regime especial. No entanto, as empresas públicas serão abrangidas
pelo diploma, garante o Económico. Os novos fundos deverão entrar em vigor em
Outubro (na mesma altura em que o Governo prevê reduzir as indemnizações por
despedimento) e vão abranger apenas os contratos celebrados a partir dessa
data. O Fundo de Compensação do Trabalho é de capitalização individual e
exigirá à empresa um desconto de 0,925% da retribuição base e diuturnidade de
cada trabalhador.
Diário
Notícias, 21 Maio 2013
BANCO DE PORTUGAL VIGIA DEPÓSITOS
BANCA
SUPERVISOR ACOMPANHA EVOLUÇÃO DAS POUPANÇAS
Banqueiros sentem que os depositantes estão “muito
nervosos”
MIGUEL ALEXANDRE GANHÃO
Os banqueiros portugueses sentem que os
depositantes “estão muito nervosos” e que qualquer declaração imprudente sobre
alterações de regras no sistema financeiro pode ter um resultado muito
negativo. Para afastar este receio, o Banco de Portugal está a monitorizar a
evolução dos depósitos nos diversos bancos “várias vezes por dia”. Segundo
apurou o CM, o supervisor sabe, diariamente, qual a massa monetária que circula
pelas instituições financeiras. Os últimos números do supervisor, de março, não
mostram alterações significativas no volume dos depósitos, embora exista alguma
diminuição nos saldos dos depósitos até um ano, de fevereiro para março. No
entanto, tratam-se de valores que ainda não refletem os efeitos da crise
cipriota, que levou ao pedido de resgate no valor de 10 mil milhões de euros no
final de março.
O nervosismo dos depositantes, sempre que se fala
na falta de proteção dos depósitos acima de 100 mil euros, tem levado os
aforradores a procurarem fracionar as suas poupanças (para quantias inferiores
a 100 mil euros), ou a incluírem vários titulares nas contas para multiplicar a
proteção.
Ontem, o presidente do Millennium/BCP disse que o
“Chipre e Portugal têm situações completamente diferentes, que são conhecidas e
são claras. O setor financeiro em Chipre tinha uma dimensão absolutamente
extraordinária, grande parte dos depósitos era de não residentes, não tem nada
a ver com Portugal” Nuno Amado falava aos jornalistas, no final da assembleia geral
do banco, para “esclarecer o conteúdo de um artigo publicado na edição online
do jornal britânico ‘Financial Times’, com o título ” Bancos portugueses te
mem’vírus de Chipre’”, onde Nuno Amado e Ricardo Salgado, presidente da
comissão executiva do Banco Espírito Santos (BES), recomendavam moderação na
linguagem aos líderes europeus.
SETOR FINANCEIRO
O presidente da Confederação Empresarial de
Portugal (CIP), António Saraiva, considerou ontem que alargar a toda a União
Europeia (UE) a medida de resgate adotada no Chipre para os maiores depósitos
bancários põe em causa a confiança no sistema financeiro.
CONFIANÇA
O presidente do Tribunal de tas, Guilherme
d’Oliveira Martins, considerou que a confiança “é um valor fundamental” e é
preciso “dar sinais certos” para que não haja movimentos que ponham em causa a
coesão, confrontado com o “vírus de Chipre”, invocado pelos presidentes do BCP
e do BES numa entrevista ao jornal ‘Financial Times’.
Bancos têm mais disponível
O governador do Banco de’ Portugal tem vindo a
dizer, repetidamente, que as instituições financeiras nacionais estão mais
“sólidas e capitalizadas” Os novos rácios de capitalização exigidos pelo
supervisor levaram a que os oito maiores grupos bancários nacionais tivessem de
arranjar fundos próprios adicionais no valor de 3,8 mil milhões de euros.
Além daqueles montantes, a Autoridade Bancária
Europeia (EBA) exigiu mais 2,5 mil milhões de euros aos bancos, de modo a
fazerem face a perdas relacionadas com títulos da dívida pública nas suas
carteiras.
Carlos Costa tem acompanhado o processo de
desalavancagem dos bancos portugueses, realizando trimestralmente análises às
várias carteiras de crédito, de modo a reforçar as garantias prestadas pelos
clientes, e executando exercícios prospetivos a dois e três anos sobre a
evolução dos créditos concedidos.
Limite mínimo suspenso para ajudar Chipre
Desde o início de maio que o Banco Central Europeu
(BCE) decidiu suspender os limites exigidos para a aplicação dos requisitos
mínimos em termos de limites da qualidade de crédito para os instrumentos de
dívida transacionáveis emitidos ou integralmente garantidos pelo governo
cipriota.O BCE deu assim uma folga para o financiamento dos bancos cipriotas e
está a planear realizar um encontro anual na capital, Nicósia em 2015.
Correio
Manhã, 21 Maio 2013
Constituição não vai travar lei da coadoção por casais ‘gay’
Especialistas.
Maioria dos constitucionalistas ouvidos pelo DN não vê razão para contestar
lei. Paulo Otero destoa e diz que Estado não estará a “assegurar especial
proteção” da criança
PATRÍCIA JESUS
Não há problemas de constitucionalidade no projeto
de lei da coadoção. É esta convicção da maioria dos constitucionalistas ouvidos
pelo DN, que consideram que a decisão está dentro da liberdade que a
Constituição dá ao legislador, tal como aconteceu na questão do casamento entre
pessoas do mesmo sexo. Paulo Otero destoa e argumenta que a seu ver “será
inconstitucional, o que significa que o CDS ou qualquer outra entidade tem boas
chances de obter provimento”.
O constitucionalista refere-se à intenção,
anunciada pelo CDS, de em último caso pedir a fiscalização sucessiva da
constitucionalidade do diploma aprovado na sexta-feira, na generalidade, no
parlamento. O projeto lei toma possível que os homossexuais possam coadotar os
filhos da pessoa com quem estão casados ou com quem vivem.
“À primeira vista parece-me que não há nenhum
problema. Assim como o legislador tem liberdade para decidir no caso do
casamento, parece-me que também terá na coadoção. Aliás, o Tribunal
Constitucional já foi chamado a pronunciar-se sobre o casamento entre pessoas
do mesmo sexo e disse que o legislador era livre para decidir, não impondo nem
permitindo”, lembra o constitucionalista Bacelar Gouveia. Isto, independentemente
“do que se possa pensar “do ponto de vista do mérito e oportunidades da
medida”.
“É uma questão fundamental de decisão, de liberdade
do legislador, não creio que haja problema de constitucionalidade”, concorda
Vital Moreira, referindo também a decisão propósito do casamento entre pessoas
do mesmo sexo.
Bacelar Vasconcelos vai mais longe. Não só não vê
“nenhuma matéria no projeto lei que atinja os valores constitucionais”, como
lembra que a Constituição proíbe a discriminação com base na orientação sexual.
“É um princípio que claramente aponta para a coadoção e até para a adoção plena
de casais do mesmo sexo”, conclui.
Paulo Otero discorda completamente, invocando o
artigo 69 da Constituição que diz que “o Estado assegura especial proteção às
crianças órfãs, abandonadas ou por qualquer forma privadas de um ambiente
familiar normal”. O constitucionalista não tem dúvidas que “a coadoção por
pessoas do mesmo sexo não é uma ambiente familiar normal, que não assegura a
diversidade e a complementaridade entre pai e mãe”. O professora catedrático da
Faculdade de Direito de Lisboa também defendia que o casamento entre pessoas do
mesmo sexo era inconstitucional.
Já Gomes Canotilho, embora não tenha “grandes
opiniões” em relação ao tema, garante que não seria ele a levantar a questão da
constitucionalidade.
PROJETO
Um longo caminho pela frente
A aprovação do projeto lei da coadoção, sexta-feira
no parlamento, foi uma surpresa, mas enfrenta ainda um longo caminho até se
tornar realidade. Depois da aprovação na generalidade, ainda vai ser discutido
na especialidade e só depois voltará ao plenário para votação final, onde não é
garantido que a votação seja no mesmo sentido.
Até agora o CDS tem sido o partido que mais
criticou a aprovação, tendo já pedido o veto política do Presidente da
República, Cavaco Silva. E não exclui a possibilidade de pedir a fiscalização
sucessiva da constitucionalidade do diploma.
‘Pai’ e ‘mãe’ substituídos por ‘progenitores 1 e 2′
Estados Unidos
Formulários vão ter designações mais genéricas,
para abranger filhos de casais do mesmo sexo.
Mudança é polémica
O ministério da Educação dos Estados Unidos decidiu
substituir as palavras ‘Pai’ e ‘Mãe’ por ‘Progenitor 1′ e ‘Progenitor 2′ em
alguns formulários. As mudanças vão ser introduzidas no próximo ano para melhor
abranger os filhos de casais do mesmo sexo e incluir “as suas dinâmicas
familiares únicas”, explicou o secretário de estado da Educação, Ame Duncan. O
anúncio levantou alguma polémica, sobretudo junto de grupos cristãos mais
conservadores.
A alteração será introduzida no formulário para
pedir apoio financeiro e vai permitir incluir, pela primeira vez, ambos os pais
(parents, palavra que em inglês pode significar pai ou mãe), independentemente
do género e estado civil, desde que vivam juntos, avançou o Washington Times.
Ou seja, pai é substituído por um termo neutro e entre parênteses acrescenta-se
“pai, mãe, padrasto, madrasta”
Além de ser “mais inclusiva”, a mudança vai
permitir calcular melhor o rendimento do agregado familiar e avaliar com mais
precisão se o estudante precisa de apoios, argumenta o governo federal.
Argumentos que não convencem toda a gente. Cathy
Ruse, do Family Research Council, considerou a mudança “profundamente
ofensiva”, citada pelo jornal britânico Daily Mail.
Em países como a Suécia a questão da neutralidade
da linguagem está no centro do debate sobre a igualdade há algum tempo. Um
exemplo mais radical é a criação de um pronome neutro, uma mistura entre ‘ele’
e ‘ela’.
Diário Notícias, 21 Maio 2013
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