Pedro Lomba defende que a má comunicação alimenta o
"sentimento anti-política" e que a obrigação do Governo é dar
"informação correcta e explicada".
O secretário de Estado adjunto do ministro adjunto,
Pedro Lomba, justificou a criação de encontros diários com os jornalistas com a
necessidade de promover uma nova forma de comunicar com os cidadãos e combater
a contra-informação que alimenta o sentimento anti-política.
No primeiro briefing diário com a
comunicação social, Pedro Lomba defendeu que a "informação correcta e
explicada é uma das bases da democracia", indispensável para combater
"a contra-informação". "Pretendemos ter uma comunicação com
maior integridade, respeito e transparência", acrescentou.
"Há hoje dois tipos de discurso político: um
discurso técnico-político, demasiado complexo, e outro superficial e vazio, que
alimenta o sentimento anti-política. É nossa obrigação dar uma informação
correcta e explicada", afirmou. "O Governo deve fornecer informação
clara e necessária à comunicação social e aos cidadãos", justificou.
Reconhecendo que se trata de uma experiência nova em
Portugal, o secretário de Estado de Poiares Maduro lembrou, no entanto, que
esta prática é "comum noutras democracias consolidadas". E deu dois
exemplos, embora com modelos diferentes e nenhum a ser seguido de perto pelo
Governo: as conferências de imprensa do Governo norte-americano, dadas pelo
porta-voz da Casa Branca e totalmente em on, e as reuniões diárias
do Governo britânico com a imprensa, sempre em absoluto off the record.
"Nós teremos um modelo flexível, que será
adaptado às necessidades", sublinhou.
O primeiro briefing foi já representativo da
estratégia do Governo. A presença da secretária de Estado do Tesouro para
responder ao tema da passagem
de informação sobre swaps entre o Governo anterior
e o actual vinha ao encontro de um dos assuntos que tem vindo a abalar o
executivo nos últimos dias.
Maria Luís Albuquerque fez uma declaração e
respondeu a perguntas apenas em on, enquanto Pedro Lomba fez uma declaração em on e
reservou a última parte do encontro para conversar com os jornalistas sobre os briefings.
Público, 1 de Julho de 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário