Composição de duas imagens, que mostram Silvio Berlusconi e
Ruby
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foto GIUSEPPE ARESU/AFP
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Um tribunal de Milão, Itália, condenou, esta segunda-feira,
Silvio Berlusconi a sete anos de prisão e à inabilitação perpétua para exercer
cargos públicos. O antigo primeiro-ministro italiano foi considerado por pagar
para ter sexo com uma dançarina exótica, conhecida por Ruby, quando esta era
menor.
O coletivo de juízes, composto por três mulheres, consideraram,
ainda, Berlusconi por abuso de poder, ao usar os poderes de chefe do Governo
para encobrir o caso e, noutra altura, para conseguir a libertação de
"Ruby", quando esta foi detida por suspeita de furto.
A condenação de Berlusconi, de 76 anos, só será efetiva depois
de o acusado esgotar os recursos possíveis.
O julgamento começou em 2011 e surgiu no âmbito de investigações
a festas, descritas como "orgias" pelo Ministério Público,
organizadas na primavera do ano anterior numa luxuosa mansão de Berlusconi em
Arcore, perto de Milão, nas quais participou a jovem marroquina Karima El
Mahroug, conhecida como Ruby, que na altura tinha 17 anos.
A procuradora Ilda Boccassini tinha pedido uma pena para o
ex-chefe de Governo italiano não inferior a seis anos de prisão, cinco anos por
ter usado em maio de 2010 a sua posição para libertar a jovem, detida por um
furto, e mais um ano por "ter pago as prestações sexuais da menor".
Desde a sua entrada na política em 1994, Silvio Berlusconi já
foi condenado a mais de 10 anos de prisão, por diversos crimes, mas nenhum dos
julgamentos é até agora definitivo.
As três magistradas que julgaram Berlusconi decidiram entregar
ao Ministério Público as atas de alguns depoimentos para investigarem possíveis
falsas declarações.
Diário de Notícias, 24 de Junho de 2013
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