segunda-feira, 24 de junho de 2013

Silvio Berlusconi condenado a sete anos de prisão

Composição de duas imagens, que mostram Silvio Berlusconi e Ruby
 Silvio Berlusconi foi condenado, esta segunda-feira, a sete anos de prisão e à inabilitação perpétua para exercer cargos públicos. O ex-primeiro-ministro italiano foi considerado culpado de recurso à prostituição de menores e de abuso de poder.
foto GIUSEPPE ARESU/AFP

Um tribunal de Milão, Itália, condenou, esta segunda-feira, Silvio Berlusconi a sete anos de prisão e à inabilitação perpétua para exercer cargos públicos. O antigo primeiro-ministro italiano foi considerado por pagar para ter sexo com uma dançarina exótica, conhecida por Ruby, quando esta era menor.
O coletivo de juízes, composto por três mulheres, consideraram, ainda, Berlusconi por abuso de poder, ao usar os poderes de chefe do Governo para encobrir o caso e, noutra altura, para conseguir a libertação de "Ruby", quando esta foi detida por suspeita de furto.
A condenação de Berlusconi, de 76 anos, só será efetiva depois de o acusado esgotar os recursos possíveis.
O julgamento começou em 2011 e surgiu no âmbito de investigações a festas, descritas como "orgias" pelo Ministério Público, organizadas na primavera do ano anterior numa luxuosa mansão de Berlusconi em Arcore, perto de Milão, nas quais participou a jovem marroquina Karima El Mahroug, conhecida como Ruby, que na altura tinha 17 anos.
A procuradora Ilda Boccassini tinha pedido uma pena para o ex-chefe de Governo italiano não inferior a seis anos de prisão, cinco anos por ter usado em maio de 2010 a sua posição para libertar a jovem, detida por um furto, e mais um ano por "ter pago as prestações sexuais da menor".
Desde a sua entrada na política em 1994, Silvio Berlusconi já foi condenado a mais de 10 anos de prisão, por diversos crimes, mas nenhum dos julgamentos é até agora definitivo.
As três magistradas que julgaram Berlusconi decidiram entregar ao Ministério Público as atas de alguns depoimentos para investigarem possíveis falsas declarações.

Diário de Notícias, 24 de Junho de 2013

Sem comentários: