LUSA
Poiares
Maduro estava a visitar feira, quando empresário pediu para falar.
Foi hoje, durante a visita à Feira do Granito de Vila Pouca de
Aguiar, que um empresário se dirigiu ao ministro Adjunto e do Desenvolvimento
Regional Miguel Poiares Maduro para dizer que se devia pensar mais no presente
e nas dificuldades que os portugueses estão a viver neste momento. “Eu tenho
uma empresa e vivo dentro da empresa porque não tenho condições para ter um
apartamento”, disse o empresário que não se quis identificar por não querer
protagonismo.
Em resposta, Poiares Maduro disse que um dos problemas do país é
que pensou durante muitos anos só no presente sem antecipar e planear o futuro.
O empresário pediu para falar logo após o discurso do governante
na sessão de boas vindas, que decorreu no recinto da feira. Poiares Maduro
prometeu que falaria no final e falou. Reacção mais intempestiva teve o
presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, que não gostou que
o empresário tivesse “interrompido” a sessão.
Questionado pelos jornalistas sobre esta interrupção, o ministro
disse que compreende que as pessoas sintam dificuldades com os sacrifícios que
estão a passar e que entende os protestos, sobretudo quando são genuínos.
Poiares Maduro reconheceu as “grandes dificuldades que as pessoas atravessam”.
“Mas sei que lhes estamos a preparar um futuro melhor, sei que os portugueses
têm consciência disso e que estão disponíveis para aceitar certos sacrifícios
se eles tiverem como consequência o futuro melhor, um futuro mais sustentável
para os seus filhos”, frisou.
Durante a visita, o ministro também arregaçou as mangas,
juntou-se às cerca de 700 pessoas que participaram no tradicional “Arrastão da
Grande Pedra” — e ajudou a puxar uma pedra de 14 toneladas. “Quando puxam todos
é muito mais fácil”, afirmou no final.
“Pode ser que eu leve comigo para Lisboa um pouco da poção
mágica para ajudar a arrastar as pedras que também temos por lá”, disse ainda.
“Essa poção mágica é sobretudo o esforço conjunto de todas as pessoas e é disso
que necessitamos.”
Público, 24 de Junho de 2013
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