Público - 22/02/2013
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Três homens e duas mulheres ligados à actividade médica e
farmacêutica foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ), por suspeita de
falsificação de documentos e burla qualificada, tendo lesado o Estado em mais
de um milhão de euros.
Os detidos passavam receitas fraudulentas para medicamentos
comparticipados em grandes percentagens pelo Estado e apropriavam-se dessa
quantia comparticipada, segundo afirma a PJ em comunicado. Até ao momento, foi
apurado um prejuízo "superior a um milhão de euros", diz a mesma nota.
A detenção ocorreu na sequência de uma investigação levada a
cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, em colaboração com o
Ministério da Saúde. Nessa investigação foram realizadas 21 buscas a
residências onde eram praticadas as fraudes e a viaturas. Foi também apreendido
material relacionado com a actividade criminosa e ainda cinco viaturas, que
terão sido adquiridas pelos suspeitos com o dinheiro resultante dos crimes.
Os detidos têm entre 42 e 70 anos e foram ontem presentes a
tribunal para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coacção. A PJ
promete continuar a investigação para "determinar, com rigor, todas as
condutas criminosas, o seu real alcance, bem como o prejuízo total delas
decorrente".
Já no ano passado, em Junho, a PJ desmantelou, através da
operação Remédio Santo, outro esquema de fraude e falsificação de
documentos que envolvia dois médicos, cinco delegados de informação médica,
dois armazenistas e uma pessoa que fazia a ligação entre os restantes elementos
do grupo. Os dez detidos terão lesado o Estado em cerca de 50 milhões de euros.
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