quinta-feira, 13 de setembro de 2012

PGR “averigua” curso de Relvas na Lusófona



licenciatura Caso nasceu em torno do número de equivalências dadas pela universidade privada ao ministo Miguel Relvas
O Ministério Público revelou ontem ao DN que está a averiguar a licenciatura do ministro Miguel Relvas na Universidade Lusófona. “O processo está em averiguações, tendo sido já juntos documentos necessários”, disse o gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República (PGR), respondendo a uma questão do DN sobre a “análise” ao caso que Pinto Monteiro anunciou em julho.
O caso da licenciatura do ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, começou a dar polémica por causa do número de equivalências que lhe foram concedidas pela Universidade Lusófona. De acordo com o processo do aluno que aquela universidade privada disponibilizou para consulta, há algumas semanas, foram atribuídos 160 créditos ao aluno Miguel Relvas no ano letivo 2006/2007 (sendo que o curso tinha 180 créditos). Relvas fez num ano um curso de três, tendo apenas de fazer quatro exames. A média final foi de 11 valores.
No despacho assinado por Fernando Santos Neves, diretor do curso – que em 2006 também era reitor desta universidade privada -, são descritos todos os cargos e funções públicas ou privadas desempenhados por Miguel Relvas que serviram para justificar as unidades de crédito concedidas para a sua inscrição e matrícula no curso de Ciência Política e Relações Internacionais.
Em meados de julho passado, a Reitoria da Lusófona do Porto comunicou a demissão de Fernando Santos Neves.
Na altura, também o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou concordar com uma eventual investigação às licenciaturas de 2006 feitas com base em créditos ou validações. Entretanto, decorre, sem resultados conhecidos, uma auditoria da Inspeção-Geral da Educação.
Diário Notícias  de 13 Setembro 2012

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