LUSA
O comissário europeu dos Assuntos Económicos disse hoje acreditar que
Portugal vai regressar aos mercados e abandonar com sucesso o programa de
assistência nos prazos previstos, acrescentando ter a convicção de que ninguém
deseja a extensão do programa.
Respondendo a uma questão do eurodeputado Diogo Feio (CDS-PP), durante um
debate na comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, em Bruxelas,
Olli Rehn defendeu que muito tem sido feito, ao nível europeu, para apoiar
tanto Portugal como Irlanda no seu pleno regresso aos mercados e saída bem
sucedida dos programas.
“Já tomámos decisões para apoiar o ajustamento económico de Portugal de
uma forma muito substancial. Muito recentemente, há duas semanas, como há-de
lembrar-se, apoiado pela Comissão, o Eurogrupo tomou a decisão sobre extensão
das maturidades dos empréstimos par aa Irlanda e para Portugal, de modo a
apoiar estes dois países a regressar ao financiamento dos mercados e a sair com
êxito dos programas”, disse.
O comissário admitiu que “a Irlanda está mais adiantada neste processo”,
até porque o iniciou antes, mas disse acreditar que “Portugal também terá êxito
no pleno regresso ao financiamento dos mercados e na saída do programa nos
prazos previstos”.
Olli Rehn disse acreditar, de resto, que esse é o objectivo de todos:
“não ter uma extensão do programa, mas sim concluí-lo no tempo previsto (2014)
e regressar ao financiamento dos mercados e sair do programa (de assistência)
após a implementação integral" do mesmo.
“É esse o objectivo da extensão das maturidades dos empréstimos (por sete
anos) para Portugal e Irlanda”, insistiu, recordando ainda, no caso português,
a decisão tomada no ano passado de alargar os prazos para cumprimento das metas
do défice, e que deverá repetir-se este ano.
A finalizar, o comissário responsável pelo euro insistiu que é “muito
importante que o processo de reformas prossiga em Portugal” e o programa de
ajustamento “continue no bom caminho”.
Público 26-4-2013
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