por
Lusa
A PSP foi ontem à noite chamada ao serviço de verificação
de incapacidade da Segurança Social do Barreiro, no distrito de Setúbal, porque
o marido de uma beneficiária quis identificar os médicos que tinham acabado de
dar alta à mulher.
Francisco Cruz disse à agência Lusa que chamou a
PSP à Segurança Social do Barreiro porque os médicos recusaram identificar-se,
quando quis apresentar uma queixa, depois de a mulher ter sido dada como apta
para trabalhar.
"A minha mulher foi a uma junta médica na
Segurança Social no Barreiro, e foi vista por dois médicos, que se recusaram a
identificar e nem sei se são médicos", disse Francisco Cruz à Lusa.
O marido da doente adiantou: "A minha mulher
está há sete meses de baixa depois de quatro tentativas de suicídio. Está a ser
fortemente medicada e acompanhada".
A Lusa contactou o Instituto da Segurança Social
que confirmou que a mulher, de 43 anos, tinha estado hoje numa comissão de
verificação temporária no Serviço de Verificação de Incapacidade, no Barreiro.
"Confirmamos que, após a tomada de
conhecimento da decisão médica, o marido da beneficiária chamou a PSP por não
ter identificação individual dos médicos que compuseram a comissão",
refere, em comunicado enviado à Lusa.
O documento acrescenta que a PSP não procedeu à identificação
individual dos médicos.
"Para efeitos de reclamação de uma decisão da
comissão de verificação, e tal como foi informado pelos serviços a esta
beneficiária e ao marido, a identificação é feita pelo número da comissão, que
neste caso, como em todos, foi facultado", defende.
O Instituto de Segurança Social refere ainda que
quando uma comissão de verificação decide que um beneficiário está apto para
trabalhar, mas o médico assistente diz não estar, o beneficiário pode pedir uma
reavaliação no prazo de 10 dias.
"As comissões de verificação são compostas por
peritos médicos e, para garantir toda a objetividade nestes processos de
verificação de incapacidade, procede-se à rotatividade dos médicos que integram
as comissões", esclarece.
Francisco Cruz afirmou que já solicitou o pedido de
reavaliação e que pretende formalizar a queixa nas autoridades.
Diário de Notícias, 10-01-2013
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