quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

PSP foi chamada para identificar membros de junta médica


por Lusa
A PSP foi ontem à noite chamada ao serviço de verificação de incapacidade da Segurança Social do Barreiro, no distrito de Setúbal, porque o marido de uma beneficiária quis identificar os médicos que tinham acabado de dar alta à mulher.
Francisco Cruz disse à agência Lusa que chamou a PSP à Segurança Social do Barreiro porque os médicos recusaram identificar-se, quando quis apresentar uma queixa, depois de a mulher ter sido dada como apta para trabalhar.
"A minha mulher foi a uma junta médica na Segurança Social no Barreiro, e foi vista por dois médicos, que se recusaram a identificar e nem sei se são médicos", disse Francisco Cruz à Lusa.
O marido da doente adiantou: "A minha mulher está há sete meses de baixa depois de quatro tentativas de suicídio. Está a ser fortemente medicada e acompanhada".
A Lusa contactou o Instituto da Segurança Social que confirmou que a mulher, de 43 anos, tinha estado hoje numa comissão de verificação temporária no Serviço de Verificação de Incapacidade, no Barreiro.
"Confirmamos que, após a tomada de conhecimento da decisão médica, o marido da beneficiária chamou a PSP por não ter identificação individual dos médicos que compuseram a comissão", refere, em comunicado enviado à Lusa.
O documento acrescenta que a PSP não procedeu à identificação individual dos médicos.
"Para efeitos de reclamação de uma decisão da comissão de verificação, e tal como foi informado pelos serviços a esta beneficiária e ao marido, a identificação é feita pelo número da comissão, que neste caso, como em todos, foi facultado", defende.
O Instituto de Segurança Social refere ainda que quando uma comissão de verificação decide que um beneficiário está apto para trabalhar, mas o médico assistente diz não estar, o beneficiário pode pedir uma reavaliação no prazo de 10 dias.
"As comissões de verificação são compostas por peritos médicos e, para garantir toda a objetividade nestes processos de verificação de incapacidade, procede-se à rotatividade dos médicos que integram as comissões", esclarece.
Francisco Cruz afirmou que já solicitou o pedido de reavaliação e que pretende formalizar a queixa nas autoridades.
Diário de Notícias, 10-01-2013

Sem comentários: