Escutas ordenadas no processo de corrupção que envolve o PP
09.02.2012 - 13:34 Por Sofia Lorena
Gárzon tem uma carreira de 25 anos como juiz de instrução (Andrea Comas/Reuters)
Baltasar Garzón vai estar onze anos sem poder exercer como juiz por ter ordenado escutas telefónicas de conversas entre acusados sob detenção e os seus advogados. A sentença foi pronunciada pelo Supremo Tribunal espanhol e decidida por unanimidade pelos juízes que o julgavam.
O processo contra o que é provavelmente o mais conhecido magistrado do mundo começou há menos de um mês em Madrid. Esta é a primeira vez em que um juiz se senta no banco dos réus por ordenar escutas a acusados – mesmo que muitas escutas sejam anuladas com consequências para os casos em que são ordenadas.
A defesa explicava que tudo o que dizia respeito a estratégias de defesa tinha sido eliminado das escutas. “Não houve nenhuma diligência apoiada nestas comunicações no que se refere à estratégia da defesa”, afirmara o juiz, interrogado pelos advogados de acusação.
Num longo interrogatório, Garzón repetira ainda a razão por trás da decisão de ordenar as escutas: “Os advogados desempenhavam um papel básico no branqueamento de dinheiro”.
O Supremo recusara ouvir Antonio Pedreira, juiz do Tribunal Superior de Madrid que sucedeu a Garzón na instrução do caso Gürtel e prorrogou as escutas, assim como os procuradores anti-corrupção que as validaram.
Gárzon está ainda a ser julgado por alegadas diligências indevidas no processo dos desaparecidos da ditadura.
1 comentário:
Ler, mais em pormenor, o seguinte:
"Garzón dice adiós a la carrera judicial al ser condenado a 11 años de inhabilitación" ( http://politica.elpais.com/politica/2012/01/23/actualidad/1327315561_578421.html )
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