quinta-feira, 3 de março de 2005
Reina silêncio nesta coluna
Não me parece que caiba a um simples advogado pedestre, como é o meu caso, comentar a eleição de uma figura como a de um Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. Por isso, mau grado ter-me permitido ontem mesmo comentar aqui um aparte infeliz de um dos candidatos ao cargo, e porque o era, e porque o aparte, visando os advogados, me pareceu infeliz, agora que a eleição está consumada, resta-me felicitar o órgão e o eleito e augurar o melhor para a Justiça. Há um princípio moral que creio que deveria orientar todos os que nos envolvemos - cada um na sua função - nesta situação controversa que é o administrar a Justiça: não julgues os outros como não gostarias que te julgassem a ti. Só isso. E por isso mesmo, remeto-me ao silêncio discreto de quem não quer quezílias inúteis. Fico com o referido princípio, como companhia, que é uma forma como qualquer outra de ficar a falar sozinho. Em matéria de eleições, tenho dito. Amanhã se houver algo a dizer sobre temas jurídicos, em que a minha opinião me pareça poder fazer sentido, aqui estarei.
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1 comentário:
Compreendo a sua posição, Dr. José António Barreiros, para mais depois de já ter opinado - a quente mas nem por isso com menos oportunidade, que um homem não é de ferro - e de tal opinião poder ter sido levada à conta de mais achas para uma fogueira que as gentes de dito bom senso acham não dever ser ateada.
Mas debater questões como o regime de eleição para presidente do STJ, qual a relevância que deve/pode ser dada, efectivamente, a tal cargo, idem quanto ao regime de acesso ao STJ e mais, são questões muitissimo relevantes para o sistema de justiça e o seu debate não deve cingir-se aos juízes. É um tema que interessa a todos os cidadãos.
Por isso sei que, independentemente do que ora escreveu neste post, sempre que necessário fará ouvir a sua voz e não só para comentar temas "jurídicos". Assim seja. E muito em breve,espero. Eu e, seguramente, todos os leitores da blawgoesfera.
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