Seguro propõe "nova coligação" para devolver "esperança" a Portugal
GRAÇA BARBOSA RIBEIRO “Temos aqui o
líder”, diz Soares no almoço com Seguro Soares almoça
com Seguro no Palácio Praia para comemorar os 40 anos do PSO
líder do PS, António José Seguro, aproveitou nesta sexta-feira a festa do 40º
aniversário do seu partido, em Coimbra, para falar para fora do partido,
propondo “a construção de uma nova aliança, de uma nova coligação, que junte os
democrata-cristãos, os humanistas, os sociais-democratas e todos os
progressistas”, para, “todos juntos”, devolver a “esperança e o orgulho a
Portugal”.Arrancando
aplausos aos cerca de mil militantes que jantaram no Pavilhão dos Olivais, em
Coimbra, Seguro fez aquele apelo à união depois de defender a luta contra “a
destruição do Estado Social" e a recuperação “dos valores da liberdade, da
fraternidade e da solidariedade”. “Não deixaremos nenhum português para trás”,
repetiu, como um slogan, ao longo de um discurso em que acusou o Governo de
estar a fazer “experimentalismo social”.Antes já se
demarcara da actual situação do país e sugerira que, se o PS tivesse sido
ouvido há ano e meio, “os portugueses teriam sido poupados a muito sofrimento”.
“Não tinha de ser assim”, insistiu, referindo-se “à espiral recessiva”, “ao
desemprego”, “às injustiças”, à “desigualdade”, e depois, longamente e
pormenorizadamente, “aos portugueses que não têm dinheiro para pagar a comida,
a renda da casa, o gás, a luz, os transportes”.O líder
socialista lamentou ainda que nesta altura Portugal já não dependa apenas de si
próprio, e admitiu que “já não basta mudar de Gverno” , para defender a
necessidade de lutar por “mudanças na União Europeia”.Um dos
momentos de maior emoção no jantar foi provocado por Mário Soares, que esteve
presente através de uma mensagem gravada em vídeo e projectada em dois ecrãs
gigantes. O "militante nº1 do PS" disse-se "muito preocupado com
Portugal" e apelou a todos os socialistas para que "se batam contra a troika e
contra os mercados e a favor das pessoas". "Este gente só pensa em
dinheiro, não pensa nas pessoas - com ela não vamos a lado nenhum",
insistiu.Público,
20-4-2013
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