quarta-feira, 10 de abril de 2013

Guardas prisionais preocupados com armas nas cadeias


por Agência Lusa, publicado por Susana Salvador
O recente aparecimento de armas brancas e de fogo nas prisões portuguesas está a deixar os guardas prisionais "muito preocupados", porque a população reclusa está mais organizada e violenta, colocando em "sério risco" a integridade física dos agentes.
"Ao terem acesso a este tipo de material, acaba por existir sério risco contra a integridade física das pessoas, principalmente de quem tem a obrigação de zelar pela segurança, que são os guardas prisionais", disse à Lusa o presidente da direção do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves, afirmando que a população reclusa está cada "vez mais jovem e cada vez mais organizada e violenta".
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) confirmou à Lusa que no passado sábado, no decurso de uma busca efetuada no Estabelecimento Prisional do Porto, foram apreendidos oito telemóveis, um 'desktop' com os respetivos carregadores, alguns pequenos embrulhos com produtos distintos que se presume serem droga, uma máquina de barbear e algumas ferramentas.
"A apreensão de sábado deixa-nos muito apreensivos e muito preocupados dado que o recluso tinha em seu poder várias navalhas, uma delas com dez centímetros de lâmina", acrescentou o presidente da direção do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
Jorge Alves acrescentou que o recluso em cuja cela foi encontrado armas brancas tem uma pena de prisão por posse de arma ilícita e que já está referenciado pelo pessoal da guarda prisional como "potencial violador das normas".
Na sexta-feira passada, a DGRSP divulgou também uma operação de busca efetuada um dia antes no Estabelecimento Prisional de Alcoentre e da qual resultou a apreensão de haxixe, heroína e uma substância indeterminada.
O presidente da direção do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional acrescentou que também se encontraram em Alcoentre seis munições calibre 6.35, um facto que deixa os guardas prisionais "ainda mais preocupados".
As buscas policiais nas prisões integram-se num dos atos de fiscalização rotineira do sistema prisional, informou a DGRSP.
Diário de Notícias, 10-4-2013

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