por Agência Lusa, publicado por
Susana Salvador
O recente aparecimento de armas
brancas e de fogo nas prisões portuguesas está a deixar os guardas prisionais
"muito preocupados", porque a população reclusa está mais organizada
e violenta, colocando em "sério risco" a integridade física dos
agentes.
"Ao terem acesso a este tipo
de material, acaba por existir sério risco contra a integridade física das
pessoas, principalmente de quem tem a obrigação de zelar pela segurança, que
são os guardas prisionais", disse à Lusa o presidente da direção do
Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves, afirmando que a
população reclusa está cada "vez mais jovem e cada vez mais organizada e
violenta".
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços
Prisionais (DGRSP) confirmou à Lusa que no passado sábado, no decurso de uma
busca efetuada no Estabelecimento Prisional do Porto, foram apreendidos oito
telemóveis, um 'desktop' com os respetivos carregadores, alguns pequenos
embrulhos com produtos distintos que se presume serem droga, uma máquina de
barbear e algumas ferramentas.
"A apreensão de sábado
deixa-nos muito apreensivos e muito preocupados dado que o recluso tinha em seu
poder várias navalhas, uma delas com dez centímetros de lâmina", acrescentou
o presidente da direção do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
Jorge Alves acrescentou que o
recluso em cuja cela foi encontrado armas brancas tem uma pena de prisão por
posse de arma ilícita e que já está referenciado pelo pessoal da guarda
prisional como "potencial violador das normas".
Na sexta-feira passada, a DGRSP
divulgou também uma operação de busca efetuada um dia antes no Estabelecimento
Prisional de Alcoentre e da qual resultou a apreensão de haxixe, heroína e uma
substância indeterminada.
O presidente da direção do
Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional acrescentou que também se
encontraram em Alcoentre seis munições calibre 6.35, um facto que deixa os
guardas prisionais "ainda mais preocupados".
As buscas policiais nas prisões
integram-se num dos atos de fiscalização rotineira do sistema prisional,
informou a DGRSP.
Diário de Notícias, 10-4-2013
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