A Juventude Social-Democrata (JSD) discordou hoje da intenção do Ministério da Educação de acabar com a disciplina de formação cívica no ensino básico e defendeu uma reformulação do atual modelo.
"O Governo, na proposta de revisão curricular, pretende terminar com esta disciplina (formação cívica). Nós, o apelo que fazemos é que não o faça, não mate a disciplina à partida, mas sim que lhe dê uma nova oportunidade e reformule a fórmula como a disciplina é integrada nos currículos", disse à agência Lusa o líder da JSD, Duarte Marques.
Segundo o deputado do PSD, a forma como a formação cívica tem sido ensinada e integrada nos currículos, nos últimos tempos, "é completamente díspar", existindo casos em que as horas da disciplina "não são usadas para isso".
Reconhecendo a importância da disciplina e dos conteúdos que devem ser ensinados aos alunos do ensino básico no âmbito da formação cívica, Duarte Marques disse que os atuais moldes em que tem funcionado "não são os mais adequados para alcançar o objetivo com que foi criada".
Nesse sentido, a JSD manifestou-se contra o fim da formação cívica proposto pelo Ministério da Educação e considerou que, no âmbito da revisão curricular, o Governo devia aproveitar "para reformular a forma como a disciplina é feita nas escolas".
"É uma oportunidade de agarrar naquela espaço horário e criar uma verdadeira disciplina de formação cívica", sustentou o deputado social-democrata.
Duarte Marques adiantou que a JSD vai apresentar ao Ministério da Educação um conjunto de propostas mais alargadas no âmbito da revisão curricular.
Segundo a JSD, existe um conjunto de matérias que devem fazer parte do currículo desta disciplina, como as funções do Estado, a educação para a saúde, educação sexual, comportamentos de risco, direitos e deveres do cidadão, cidadania europeia, prevenção rodoviária, voluntariado, responsabilidade e solidariedade social.
Diário de Noticias, com a Lusa, de 23 de Janeiro de 2012
1 comentário:
Felizmente que alguém se incomodou com a incompreensível supressão desta matéria curricular.
Basta estar no ensino superior para sentir a falta de formação cívica dos alunos e o esforço a fazer para os ajudar a ter uma atitude que os ajude na sua vida futura.
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