Opresidente do PSD encomendou um relatório sobre políticas de apoio à natalidade a uma equipa formada no contexto do próprio partido.
Uma vez apresentado, Passos Coelho falou desse relatório num ambíguo casamento presidente do PSD / Primeiro-ministro. Baralhar as coisas até dá resultado, por vezes, quando uma das partes diz o que a outra quase nega. E foi, de facto, assim: o presidente do PSD começou por tecer louvaminhas ao relatório. Depois (na pele de PM) disse que se teriam que estudar as consequências orçamentais das medidas, para as quais ninguém … terá feito contas. Em álgebra, mais por menos dá menos. Está-se mesmo a ver o que vai suceder. Versão II do “cheque-bebé” de Sócrates?
Logo de seguida, é tornado público o relatório de uma equipa nomeada pelo Governo sobre a necessária reforma do IRS. Tem boas ideias e propostas que merecem ser discutidas. Mas logo a ministra das Finanças, em estilo de duche escocês, arrefeceu as expectativas e tudo faz depender do “contexto”.
Em resumo: muito verbo (e com texto), pouca verba (e contexto). Apesar do Verão quente, o Inverno demográfico prossegue silenciosa e inexoravelmente.
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