Diz Santana Lopes no Expresso desta semana: “Nunca esqueci de um dia, enquanto Primeiro-Ministro, ter recebido o sr. Trichet, governador do Banco Central, em São Bento, e de ele me ter dito: isto é como se o escudo e o marco tivessem continuado a existir e o escudo se tivesse valorizado 30%”. Ou seja, “isto” serviu para destruir a economia portuguesa e beneficiar a alemã e para conduzir à redução dos salários, o que com simplicidade se chama “desvalorização interna”.
Os avisos foram muitos (por exemplo, o apelo a que Portugal não entrasse no euro, que várias personalidades assinaram em 1999, entre as quais me juntei a Carlos Carvalhas, Fernando Rosas, Saramago, Cardoso Pires, Mário de Carvalho, Urbano Tavares Rodrigues, Nunes da Silva, João Nabais, Carvalho da Silva, Óscar Lopes, entre muitos), mas o bulldozer acelerou mesmo. Faltou força para lhe fazer frente e mostrar que era possível governar, como era necessário, contra esta imposição e chantagem.
Sem comentários:
Enviar um comentário