ARMANDO ESTEVES PEREIRA
DIRECTOR-ADJUNTO
Vítimas da refundação
A refundação, que se tornou o eufemismo de Passos Coelho para um corte na despesa do Estado de 4 mil milhões de euros a apresentar em 2013, vai atingir directamente na primeira vaga os funcionários públicos e reformados. Se somarmos a este novo corte todos os outros ataques aos rendimentos dos trabalhadores do Estado e aposentados, que já levam a guerras que inevitavelmente vão acabar no Tribunal Constitucional, é fácil prever um 2013 agitado a nível político, económico e social. O Estado chegou a este nível por causa da anemia económica da última década e por uma série de decisões criminosas: algumas com dolo, outras só por negligência. Mas, como sempre acontece, quem mais sofre não tem culpa. É apenas vítima.
Os dados da execução orçamental confiram a monumental derrapagem nas contas de Vítor Gaspar. É a prova de que a austeridade, que tenta curar a economia portuguesa dos seus males tradicionais, está a matar o doente com a intensidade da dose. O erro nas previsões de Gaspar é dos factos marcantes de 2012.
Mas nem tudo vai mal. Na agricultura, apesar do agravamento dos custos de produção, há boas notícias. A riqueza gerada neste sector aumentou quase 3% este ano.
Vítimas da refundação
A refundação, que se tornou o eufemismo de Passos Coelho para um corte na despesa do Estado de 4 mil milhões de euros a apresentar em 2013, vai atingir directamente na primeira vaga os funcionários públicos e reformados. Se somarmos a este novo corte todos os outros ataques aos rendimentos dos trabalhadores do Estado e aposentados, que já levam a guerras que inevitavelmente vão acabar no Tribunal Constitucional, é fácil prever um 2013 agitado a nível político, económico e social. O Estado chegou a este nível por causa da anemia económica da última década e por uma série de decisões criminosas: algumas com dolo, outras só por negligência. Mas, como sempre acontece, quem mais sofre não tem culpa. É apenas vítima.
Os dados da execução orçamental confiram a monumental derrapagem nas contas de Vítor Gaspar. É a prova de que a austeridade, que tenta curar a economia portuguesa dos seus males tradicionais, está a matar o doente com a intensidade da dose. O erro nas previsões de Gaspar é dos factos marcantes de 2012.
Mas nem tudo vai mal. Na agricultura, apesar do agravamento dos custos de produção, há boas notícias. A riqueza gerada neste sector aumentou quase 3% este ano.
Correio da Manhã, 23-12-2012
Sem comentários:
Enviar um comentário