terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Antigo procurador de processos de Angola incomoda MP


O CONSELHO SUPERIOR do Ministério Público (CSMP) continua a ignorar para onde foi trabalhar o procurador Orlando Figueira – que era, até há poucos meses, titular das investigações relacionadas com Angola -, mas decidiu, ontem, não lhe exigir esse esclarecimento. Os conselheiros decidiram antes aprofundar a análise jurídica da questão, para perceberem se tal exigência lhes é legítima.
No início do ano, Orlando Figueira viu ser-lhe aprovada uma licença sem vencimento, mas as notícias posteriores que o colocavam numa empresa financeira ligada a Angola causariam desconforto no CSMP. Recearam-se incompatibilidades entre as atuais funções do magistrado e aquelas que ele assumiu na investigação de figuras como o presidente do BES Angola.
O desconforto agudizou-se, há um mês, quando o JN noticiou que Figueira continuava a manter segredo sobre o assunto. É que, em fevereiro, o magistrado prometera revelar o nome da empresa quando, em setembro, nela começasse a trabalhar.
Elogio à PJ
Na discussão do assunto, ontem, o CSMP acabou por apreciar positivamente a direção nacional da Polícia Judiciária, por esta, num caso similar, ter exigido saber para onde iria a diretora da sua Unidade de Informação Financeira. Há um mês, informada de que Sílvia Pedrosa queria mudar-se para a consultora Ernst & Young, a PJ indeferiu-lhe um pedido de licença de curta e, depois, de longa duração, levando-a exonerar-se. N.M.
http://www.smmp.pt/?p=19563

Sem comentários: