O
CONSELHO SUPERIOR do Ministério Público (CSMP) continua a ignorar para onde foi
trabalhar o procurador Orlando Figueira – que era, até há poucos meses, titular
das investigações relacionadas com Angola -, mas decidiu, ontem, não lhe exigir
esse esclarecimento. Os conselheiros decidiram antes aprofundar a análise
jurídica da questão, para perceberem se tal exigência lhes é legítima.
No início do ano, Orlando Figueira viu ser-lhe
aprovada uma licença sem vencimento, mas as notícias posteriores que o
colocavam numa empresa financeira ligada a Angola causariam desconforto no
CSMP. Recearam-se incompatibilidades entre as atuais funções do magistrado e
aquelas que ele assumiu na investigação de figuras como o presidente do BES Angola.
O desconforto agudizou-se, há um mês, quando o JN
noticiou que Figueira continuava a manter segredo sobre o assunto. É que, em
fevereiro, o magistrado prometera revelar o nome da empresa quando, em
setembro, nela começasse a trabalhar.
Elogio à PJ
Na discussão do assunto, ontem, o CSMP acabou por
apreciar positivamente a direção nacional da Polícia Judiciária, por esta, num
caso similar, ter exigido saber para onde iria a diretora da sua Unidade de
Informação Financeira. Há um mês, informada de que Sílvia Pedrosa queria
mudar-se para a consultora Ernst & Young, a PJ indeferiu-lhe um pedido de
licença de curta e, depois, de longa duração, levando-a exonerar-se. N.M.
http://www.smmp.pt/?p=19563
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