Opinião
Por:
José Braz, professor universitário convidado
Em
2008 foi criada em Portugal uma base de dados de ADN. Passados 4 anos, a
ferramenta (essencial para a investigação do crime violento), tolhida por um
excesso de burocracia e de garantismos, não chega a ter registados 700 perfis!
Em 2010, o Governo anunciou a criação de um gabinete para confiscar bens
obtidos através do crime.
Viria
a ser criado em 2011, mas passou um ano e, simplesmente, ainda não começou a
funcionar! Em 2005, a PJ remeteu às autoridades competentes um relatório em que
inventariava largas dezenas de aeródromos secundários e pistas de terra batida,
a funcionarem em total clandestinidade. A situação, considerada uma ameaça à
segurança interna, foi tida por inoportuna e alarmista e – como sempre – nada
se fez. Porém, volvidos 7 anos, o ‘CM’ noticia que as autoridades “descobriram”
que “há aviões que vêm de África para o Alentejo carregados de droga”, tendo já
“começado a fazer o levantamento de pistas clandestinas no sul do país”. São só
3 exemplos de total ausência de planeamento, inércia e perdulária
irresponsabilidade. Com diria o Poeta, em Portugal é esta “a espantosa
realidade das coisas”!
Correio
da Manhã 15-06-2012
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