quinta-feira, 1 de março de 2012

Cooperativa de prostitutas em estudo na Mouraria


As prostitutas que exercem a sua atividade na Mouraria, em Lisboa, serão inquiridas nos próximos meses de modo a perceber-se se pretendem participar numa cooperativa de trabalhadoras de sexo, que resulte no primeiro bordel sem a prática de lenocínio ou proxenetismo.
Caso exista um número considerável de trabalhadoras do sexo a quererem juntar-se ao projeto - que surgiu de uma proposta da Obra Social das Irmãs Oblatas e do GAT (Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA), que apoiam estas mulheres -, no princípio de 2013 o espaço "Safe House" (trad.: Casa Segura) poderá ser uma realidade.
Segundo Luís Mendão, do GAT, as cerca de 40 associações e movimentos que participam no Programa de Desenvolvimento Comunitário da Mouraria acolheram favoravelmente o projeto, que, inicialmente, apenas consistirá "num local onde as prostitutas poderão encontrar apoio médico e reencaminhamento profissional".
"Paralelamente, se estas mulheres não quiserem abandonar a prostituição, com apoio, poderá, então, ser criada esta "Safe House", onde controlarão a sua atividade, com higiene, segurança e saúde", explicou, por outro lado, João Meneses, coordenador do "Ai Mouraria, o programa de requalificação daquela zona degradada da cidade.
Nuno Miguel Ropio
Jornal de Notícias 01-03-2012

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