por L.M.C.
Transferência suspeita de 85 milhões de euros para a Suiça leva justiça a
questionar a operação entre o Grupo Espírito Santo e a empresa angolana
Sonangol.
O "Jornal
i" escreve na sua edição de hoje que "o Departamento
Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) está a investigar as
circunstâncias em que o Grupo Espírito Santo (GES) vendeu a totalidade da sua
participação na Escom à Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola
(Sonangol). A empresa angolana pagou a título de sinal um valor de cerca de 15
milhões de euros ao GES que terá sido depositado em Lisboa. Além deste
montante, terão sido igualmente transferidos pelos angolanos mais 85 milhões de
euros, cujo rasto está a ser investigado pelos procuradores do DCIAP. Este
último valor terá sido depositado diretamente no Crédit Suisse através da
sociedade gestora de fortunas Akoya".
Segundo o jornal, "as suspeitas terão levado a que, no decorrer da
investigação, o DCIAP tenha já solicitado a ajuda do Ministério Público de
Lausanne, na Suíça. Os investigadores ainda estão a tentar descobrir o rasto
dos 85 milhões de euros e quem terão sido os beneficiários desse valor, que
poderá ter sido depositado em contas de empresas da GES".
O jornal explica ainda que a Akoya é uma empresa de direito suíço "que
está envolvida no processo Monte Branco, em que se investigam suspeitas de
fraude fiscal e branqueamento de capitais. Foi durante a investigação deste
caso que o DCIAP se deparou com os indícios relacionados com o negócio da venda
da Escom".
Diário de Notícias, 06 Agosto 2013
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