O presidente norte-americano,
Barack Obama, comprometeu-se a fazer um novo esforço para encerrar a prisão
militar de Guantanamo, onde aumentam os casos de greve de fome entre os
reclusos ali detidos por suspeitas de terrorismo.
foto JASON REED/REUTERS
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Obama fala aos jornalistas na
Casa Branca
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Numa conferência de imprensa na
Casa Branca, Obama chamou a Guantanamo uma "terra de ninguém" legal e
afirmou não querer que algum recluso morra à fome, apelando ao Congresso
norte-americano para o ajudar a encontrar uma solução a longo prazo que permita
continuar a perseguir os suspeitos de terrorismo com a prisão fechada.
"Continuo a acreditar que
temos que fechar Guantanamo. Penso que é essencial para nós perceber que Guantanamo
não é precisa para manter a América segura", declarou o chefe de Estado
norte-americano.
Obama argumentou que a
prisão "é cara, é ineficaz" e prejudica a reputação
internacional dos Estados Unidos, afetando a colaboração com os seus aliados
nos esforços contra o terrorismo e agindo como "ferramenta de recrutamento
para extremistas".
Uma greve de fome que se
espalhou a uma centena de reclusos voltou a pôr a prisão de Guantanamo debaixo
de escrutínio, com os presos a protestarem contra a sua detenção sem acusação
formal ou julgamento.
Entre 166 reclusos detidos na
base naval, localizada no sudeste de Cuba, 100 estão em greve de fome, segundo
a última contagem feita pelas autoridades militares. Desses, 21 estão a ser alimentados à
força com tubos nasais.
O presidente Obama, que em 2008
prometeu fechar a prisão criada pelo seu antecessor, George W. Bush, defende
que os combatentes inimigos devem ser acusados em tribunais civis e os que
forem absolvidos devem ser repatriados.
"Vou voltar a defender
perante o Congresso que isto não é do interesse do povo americano e não é
sustentável", assegurou.
Diário de Notícias on line,
1-5-2013
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