Freitas do Amaral considerou que “se está a verificar aqui o mesmo que na Grécia”
Para o antigo ministro e ex-líder do CDS, “o que nós estamos a ver, pelo andamento das coisas, é que de facto se está a verificar aqui o mesmo que na Grécia”, referindo-se à evolução da situação económica.
Freitas do Amaral sublinhou na entrevista que “a receita da troika não é boa”, considerando que ao governo português e à troika se põe um problema: se vão manter o mesmo plano, com um efeito recessivo com que não contavam, ou se o vão modificar e ajustar (“ gostam muito da palavra ajustamento”, referiu com alguma ironia o ex-ministro).
Freitas do Amaral defende impostos mais pesados sobre os mais privilegiados, considerando que “há um velho princípio que consta da civilização ocidental e da doutrina cristã, que é dos que podem aos que precisam”.
O ex-ministro afirmou na entrevista que “na modéstia dos nossos índices salariais, quem ganha mais de dez mil euros por mês ou quinze é uma pessoa privilegiada”, “os que ganham 50 são muito privilegiados” “e os que ganham 200.000 euros por mês, porque os há, esses são tubarões”. O antigo ministro propôs o aumento de impostos sobre essas pessoas, salientando que “ há muita gente a precisar de ajuda e há muita gente a não dar aquilo que pode”.
Freitas do Amaral defendeu ainda a necessidade de “ um pacote que tivesse por objetivo justiça fiscal”, incluindo “o imposto sobre o património, que aliás está previsto na Constituição”, “o imposto sobre produtos e consumos de luxo, que está previsto na Constituição” e “outros impostos sobre atos e contratos que entretanto se desenvolveram e permitem ganhar fortunas como transações financeiras, operações urbanísticas, etc”.
“É uma questão ética!”, rematou o professor universitário e ex-líder centrista.
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