O
ex-ministro das Obras Públicas do governo de José Sócrates, Mário Lino, é hoje
ouvido no Tribunal de Aveiro, no julgamento da Face Oculta. Como testemunha, o
ex-governante deverá ser inquirido sobre as pressões que terá sofrido da parte
dos arguidos Armando Vara e Lopes Barreira.
Por: Catarina
Gomes Sousa [Correio da Manhã]
Para tentar
acabar com os processos judiciais que tinha com a Refer, Manuel Godinho queria
que Luís Pardal, antigo presidente do conselho de administração da empresa,
fosse destituído do cargo. Ana Paula Vitorino, a ex-secretária de Estado que se
opunha à saída de Pardal, foi referenciada em várias escutas como "a gaja
chata" – e que teria contra si Armando Vara, Godinho e Mário Lino. O
ex-ministro deverá por isso ser também confrontado com as declarações de Ana
Paula Vitorino, que, durante a fase de instrução do processo, disse ter sido
abordada pelo então ministro das Obras Públicas para resolver o conflito
existente entre a Refer e o grupo de Manuel Godinho, alegando que as empresas
do sucateiro de Ovar eram "amigas do PS".
Entretanto,
na sessão de ontem, Helena Neves, funcionária da Refer, terminou o seu
depoimento. A testemunha afirmou que Manuel Godinho tinha informadores na
empresa e que vários quadros conheciam as ilegalidades cometidas pelo sucateiro
de Ovar.
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