sábado, 10 de março de 2012

Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considera desprezível polémica sobre patrocinadores


O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público(SMMP) considerou nesta quinta-feira “desprezível” a reacção “de algumas pessoas do Partido Socialista” sobre os patrocinadores do congresso realizado no passado fim-de-semana.
“O impacto que o congresso teve e as coisas que lá foram ditas, é evidente que só podem ter incomodado algumas pessoas que reagem agora desta maneira absolutamente desprezível”, disse João Palma à agência Lusa, numa reacção à notícia do “Diário de Notícias” com os títulos “Sindicato do Ministério Público na mira dos socialistas” e “magistrados obrigados a explicar patrocínios bancários do congresso”.
Os patrocínios de entidades bancárias em congressos na área da justiça não é nada de novo, segundo João Palma, que lembrou que os anteriores encontros do SMMP também receberam apoios idênticos e nunca incomodaram ninguém.
“Há muita gente incomodada por muito do que foi dito (no congresso), pelas matérias que se discutiram, pela qualidade, estatuto e posicionamento na sociedade de alguns intervenientes”, acusou o ainda presidente do SMMP.
João Palma explicou que “é prática comum num sindicato e em outras organizações nomeadamente na área da justiça pedir este tipo de apoios”, lembrando que a inovação esteve no facto de ter sido a primeira vez que “um sindicato reverteu parte dos fundos a favor de uma associação de solidariedade social, neste caso a Fundação António Aleixo, a que foram doados cerca de 10 mil euros”.
O responsável máximo do sindicato diz não encontrar neste tipo de apoios“qualquer ato censurável”, garantindo que “nenhum magistrado se sente minimamente inibido na sua ação ou investigação criminal” pelo fato de o congresso ter sido patrocinado por entidades bancárias, companhias de seguros e outras empresas.
“Estes patrocínios sempre aconteceram, não encontramos aqui nenhum ato censurável. Quanto à questão levantada pelo PS, não confundo o partido e a sua actual direcção com duas ou três criaturas do Partido Socialista que insistem em perseguir o sindicato”, acusou.
João Palma sublinhou que a direcção do sindicato está disponível para prestar esclarecimentos na Assembleia da República sobre o assunto.
Lusa 2012-03-08

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