quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CARTA ABERTA A ANTÓNIO MARINHO PINTO


Exmo. Colega,
Escrevo-lhe na qualidade de Advogado a quem o Estado deve cerca de 1.500,00€, que tanta falta me fazem tanto mais que sou um humilde recém Causídico (daqueles pré Bolonha, just in case).
Ora, com o devido respeito, que é seguramente muitíssimo, permita-me o conselho (tudo bem, se conselho fosse bom era vendido, não dado, mas mesmo assim...), em vez de V. Exa. andar pelo país a incendiar tudo (escarnecendo Colegas Advogados, Magistrados, Ministra, Secretários de Estado, Polícias, em suma todos os que não lhe fazem a vontade), fazendo-nos passar, além do mais, por mal educados (sim, a todos os Advogados porque, para o bem ou para o mal, V. Exa. ainda está Presidente do Conselho Geral), e em vez de gastar os recursos da OA com ações judiciais contra as Distritais e estagiários (que, infelizmente, precisam do dinheiro do pai para comer), que tal V. Exa. recrutar aqueles Advogados que contestam ações em nome da OA para acionar judicialmente o MJ?
Ou, se achar que não o deve fazer, que tal instruir todos estes humildes Colegas (que não têm a felicidade de ter sido "escolhidos" para pertencer ao Olimpo do Conselho Geral) de como instaurar ações contra o Estado a reivindicar o que nos pertence? Por exemplo, publicando de uma "minuta-tipo" no site da OA para nos ajudar...
Ficávamos todos a ganhar e, também V.ª Exa. que, finalmente, teria tempo para respeitar o disposto na al. a) do art. 86º, norma que repetida, reitera e intencionalmente viola.
Estar ao serviço dos Advogados é praticar atos que, parecendo "menores", podem ajudar os representados (Advogados) a ter uma vida melhor, uma profissão mais digna...não precisamos de ruído nem insulto...
A atuação como sugiro é, isso sim, verdadeiro serviço público.
Creia-me, Sr. Bastonário com a mais elevada estima e consideração.
Luís Miguel Osório, Advogado. 
(escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico)»
InVerbis | 30-11-2011

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