Devo dizê-lo com toda a frontalidade: sou contra a tão (hoje) badalada "greve de zelo" nos tribunais. É um comportamento que só degrada ainda mais a imagem de magistrados e oficiais de justiça junto da população. Para nós, magistrados, o Governo não é o "nosso" patrão, nós não trabalhamos para o MJ ou para o Governo! Não temos que estar "motivados" ou "desmotivados", conforme o MJ sorria ou faça cara feia para nós. Nós não somos funcionários (mesmo os oficiais de justiça são, e eles tendem a esquecê-lo quando isso importa desvantagens, um corpo especial). Temos de assumir o nosso estatuto por inteiro. Assumir a condição de funcionários-burocratas, ainda que como forma de "luta", tem um custo demasiado alto. Quem não quer ser funcionário não veste "mangas de alpaca"! Se as veste, não se pode queixar...
Publicado por Eduardo Maia Costa, em Sine Die
1 comentário:
Com certeza que isto deve ter alguma cor política. Respeito quem faça a grevinha de zelo. Pessoalmente, considero útil a paragem da Distribuição. Como sesabe, não significa trabalhar significa que o risco corre por quem governa seja azul , laranja, ou rosa. À custa de panos quentes (embrulhados na verborreia da dignidade e do orgão), os Magistrados Judiciais foram completamente postos de lado (olhavam mais para os findos, o que Anselmo de Castro ou Menezes Cordeiro diziam...a dívida do Manel, a servidão do Carrolo, ou o divórcio da Juliana), em tudo o que lhes dizia respeito. As casas dos magistrados, e os edifícios dos nossos tribunais ilustram o que falo. O resto são simpatias políticas. Ponto.
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