A
magistrada, que falava, numa conferência de imprensa, ao final da tarde, no
Palácio da Justiça de Coimbra – depois de durante quinta-feira e hoje ter
visitado o Distrito Judiciai daquela cidade –, subscreveu assim "a
preocupação" manifestada, sobre aquele assunto, pelo Procurador-geral
Distrital de Coimbra, Euclides Dâmaso.
“O DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) de Coimbra
corre o risco de colapso”, disse Euclides Dâmaso aos jornalistas, explicando
que, nos últimos tempos, quatro funcionários deste serviço se aposentaram e que
três outros “aguardam apenas a resposta da Caixa Geral de Aposentações para se
reformarem”.
Afirmando-se “muito preocupado”, o responsável pelo DIAP de
Coimbra sublinhou que “a falta de funcionários é um dos problemas mais graves”
e “mais grave do que a falta de magistrados” no departamento que dirige.
Sobre a visita de dois dias ao Distrito Judicial de Coimbra,
designadamente à Procuradoria Distrital, a PGR disse ter encontrado ali “um
conjunto de magistrados muito motivados, com experiências muito interessantes
em diversas áreas e, principalmente, com uma grande vontade de fazer coisas
novas, no sentido de redignificar o MP, numa perspectiva de serviço público”.
Entre os projectos inovadores que estão a ser criados, Joana
Marques Vidal destacou um que “tem por objectivo a questão da água” e os
“grandes níveis de poluição” que atingem aquele distrito judicial, “como em
todo o País”.
O
projecto, “em construção”, pretende congregar “a actividade do MP na área do
direito administrativo com a área cível e, futuramente, também a área
criminal”, explicitou a PGR, dizendo acreditar que, deste modo, será possível
estabelecer “uma estratégia que permita ter alguma acção eficaz, neste âmbito”,
relativamente a “cursos e a lençóis de água” atingidos por poluição neste
distrito judicial.
Outros projectos estão igualmente em desenvolvimento na comarca,
designadamente no sentido de promover a “conjugação com outras instituições” na
intervenção relacionada com a violência doméstica, e com “a forma como, entre o
DCIAP [Departamento Central de Investigação e Acção Penal] e o DIAP distrital
se aborda a criminalidade económico-financeira”, exemplificou.
Joana Marques Vidal defendeu a “necessidade de os magistrados das
diversas jurisdições se articularem entre si”, para que o MP tenha “uma atitude
de proactividade”, de modo a “dar resposta às competências que a Lei lhe
confere, em prol do cidadão”.
1 comentário:
E que tal fazer uma tentativa de agregar o pessoal do sindicalismo judiciário (magistrados e funcionários judiciais) numa "pool" ou "task force" que possa reforçar necessidades extraordinárias de serviço? Ou reduzir as comissões de serviço em organismos externos? E por aí fora ...
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