Em
declarações à imprensa portuguesa, em Oslo, antes de receber o Nobel da Paz em
nome da União Europeia (UE), José Manuel Durão Barroso disse que está a
acompanhar a situação em Itália, depois de o primeiro-ministro italiano, Mario
Monti, ter anunciado a intenção de se demitir.
Recusando
fazer comentários sobre a política interna italiana, o presidente da Comissão
Europeia defendeu que “seja qual for a evolução nas eleições, a política atual
de correção das finanças públicas, de reformas estruturais tem de continuar”.
“Tem de
se continuar com uma política séria, porque as perspetivas continuam negativas
para a Itália, embora nos últimos tempos se tenha conseguido um grande
progresso, nomeadamente em termos da redução dos custos do financiamento”,
declarou.
Durão
Barroso disse que “não há soluções mágicas”, nem para a Itália, nem para
qualquer outro Estado-membro, defendendo a necessidade de “manter, com
consistência, os esforços” que estão a ser feitos.
O
presidente da Comissão Europeia disse ainda que países sem a moeda única também
estão a aplicar medidas de austeridade, como o Reino Unido.
“Com ou
sem euro, há algumas medidas que se tornam indispensáveis quando atingimos
situações de desequilíbrios das contas públicas”, sustentou. “É um caminho
muito difícil, muito exigente, mas a alternativa seria muito pior”,
acrescentou.
O
primeiro-ministro italiano comunicou no sábado ao presidente a intenção de se
demitir, depois de Silvio Berlusconi ter retirado o apoio do seu partido ao
Governo.
Monti
acrescentou que a demissão será efetiva assim que o parlamento aprovar a
legislação orçamental.
CSJ //
EJ.
Mon, 10 Dec 2012 13:53:47 GMT |
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