Apertos de cinto por todo o lado... O Governo procura diminuir despesas, principalmente à custa dos que não têm outra alternativa que não seja suportar – esquecendo-se de poupar por exemplo nessas verbas para a pseudo segurança de membros do Governo e equiparados (alguém fez a estimativa de quanto se gasta e qual a sua utilidade?) –, e corta mesmo em serviços essenciais.
Entretanto, lê-se e quase não se acredita no que diz a Presidente do Instituto de Reinserção Social ao Expresso de hoje (p. 17): “Há centros onde temos 25 funcionários para seis educandos. E é esta situação que tem de mudar”.
Não foi isto que já se dissera há vários meses, porventura a propósito de uma visita ministerial a um destes centros? Repare-se que se fala em centros e não centro.
Como é possível que uma situação destas se mantenha por tanto tempo?
Mas o mais notável é o modo como a mesma hierarca termina a entrevista: uma vez que se prevê venha a aumentar o número de vigiados electronicamente, isto significa que tenha de ser feito – diz ela – “um grande investimento, quer em equipas técnicas, quer em recursos financeiros” porque, como sabiamente acrescenta, não se fazem omeletas sem ovos.
Nesta sequência diria que temos aqui uma grande gemada, na qual não se consegue destrinçar a clara da gema.
Talvez não submergir os educandos com tantos técnicos e “investi-los” ou "desviá-los" para o controlo das pulseiras – digo eu! Não seria uma maneira de finalmente mudar aquilo que já devia ter sido mudado? E, como se impõe por razões de método, aditar mais uma ao Simplex das 333 medidas ....
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