Há um ministro que resolveu reunir com um comité de peritos, para o aconselharem, o que é normal. O curioso é que disse que reuniria quatro vezes por ano e acrescentou que seria uma vez por cada estação de cada ano, na esperança que tenha muitos. Adivinha-se pois no seu sector um Verão quente e o Inverno do nosso descontentamento. A sincronização dos trabalhos com o calendário é tarefa complexa. Nos tempos da Revolução Francesa o poeta Fable d'Églantine - que já agora, morreu guilhotinado - debateu-se com graves problemas com o seu calendário republicano, que acabou por ter força de lei. Tal como os egípcios dividia o ano em doze meses de trinta dias. Sobravam-lhe cinco que reservou para as festas cívicas e a que chamou os «sans culotides», em bom português, os «sem cuecas». Cuidado pois! É que com a chegada do Verão, aproximam-se as guilhotinadas férias judiciais e o mês do Thermidor! Aí a questão coloca-se: não se poderá calendarizá-lo?
1 comentário:
Bem (re)aparecido! E que bem!
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