sábado, 1 de setembro de 2012

Futuro da RTP


PS: Cavaco apelou ao bom senso devido à "trapalhada" do Governo
O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, considerou este sábado que o Governo tem ultrapassado "todas as barreiras" devido à "obsessão" pela privatização da RTP, o que levou o Presidente da República a "apelar ao bom senso".
"Só faltava mesmo o Presidente da República pronunciar-se sobre esta trapalhada que tem sido o processo de eventual privatização ou concessão da RTP", afirmou.
E o PS, acrescentou Zorrinho, interpreta "estas palavras do Presidente como um apelo ao bom senso e um apelo a que sejam respeitados os processos institucionais no tratamento deste caso".
O líder da bancada parlamentar do PS falava aos jornalistas em Évora, à margem da Universidade de Verão do partido, quando questionado sobre as declarações do Presidente da República, proferidas esta manhã, sobre a RTP.
Em Vilamoura, no Algarve, Cavaco Silva negou hoje que haja uma proposta oficial sobre o futuro da RTP, dizendo que se houvesse teria sido informado, e escusou-se a comentar "declarações de consultores do Governo".
O chefe de Estado apelou ainda a "muita ponderação e bom senso" na análise do futuro da RTP, um tema "muito sensível" e mostrou-se confiante de que o Governo explicará aos portugueses qualquer alteração que seja feita ao modelo actual de televisão pública.
Carlos Zorrinho afiançou que esta declaração do Presidente da República "é uma forma indirecta de apelar ao Governo, como o PS tem apelado, para que tenha bom senso e cumpra aquilo que são os procedimentos institucionais adequados em todas as decisões".
A "obsessão" do Governo com este processo relacionado com a privatização da RTP, acusou o dirigente do PS, "tem levado" o executivo liderado por Passos Coelho "a utilizar todos os expedientes e a ultrapassar todas as barreiras".
O líder parlamentar socialista garantiu ainda que o seu partido tem "a expectativa" de que o Presidente da República "não viabilizará aquela que é a pretensão do Governo em relação ao serviço público de televisão em Portugal".
Correio da Manhã 1-9-2012

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