domingo, 7 de maio de 2006

O Diário de uma República... e Freud

Parece finalmente ter parado o rol de condecorações com que o ex- Presidente da República inundou o papel oficial como Chanceler-mor das Ordens Honoríficas Portuguesas, algumas do ano passado mas agora publicadas para deixar a chancelaria limpa.
Talvez por coincidência (ou por não ter feito uma análise exaustiva) não vi qualquer dessas condecorações atribuídas a magistrados em funções efectivas, judiciais ou de Ministério Público.
Pode essa circunstância ser interpretada como um sinal negativo ou positivo?
Negativo, se pensarmos que neste período em que quase todos criticam a Justiça (leia-se, em particular, magistrados e funcionários,) ninguém se atreveu a colocar qualquer medalha no peito do mais trabalhador, dedicado e excepcional magistrado que por aí ande – e são muitos, felizmente - apartando-os para a uma espécie de cidadela maldita e invisitável.
Positivo, se pensarmos que num momento em que várias intempéries têm desabado sobre eles – merecidas ou não – ficaram imunes a esta leva de medalhas, o que lhes robustece a independência face ao Poder Político.
E nem a observação de Montesquieu de que as condecorações não custam nada ao Estado, serviu de algum anteparo.

Assunto menor – estarão a pensar –, mas revelador, digo eu, de como há actos falhados bem reveladores, isto nos 150 anos do nascimento do pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939).

1 comentário:

Marco Aurélio disse...

Perdi a data para fazer um post em homenagem ao aniversário de 150 anos de um dos maiores pensadores do século 20, conhecido popularmente como o pai da psicanálise, Sigmund Freud. Hoje escrevi sobre ele. Lendo sobre quem escreveu sobre este gênio achei melhor não me estender muito. Melhor ver os comentários. Encontrei textos realmente bons.

Um abraço

Marco Aurélio