27.06.2012 - 15:05 Por Lusa
O ex-presidente do PSD Marcelo
Rebelo de Sousa considerou hoje que a reforma do mapa judiciário peca por ser
“tardia”, veio “na pior altura” e aconselhou os políticos a “estarem calados”
para não “prometerem nada” que não possam cumprir.
Em Guimarães, para uma conferência
sobre “Sacerdotes e a Cultura. A Igreja na Capital Europeia da Cultura”,
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ainda que “não é desejável” mais austeridade,
embora admita que é “sempre possível”.
Segundo o professor, “um dos erros
políticos é fazerem declarações que estão a desmentir no dia seguinte” porque
“as pessoas deixam de acreditar nos políticos”. Assim, “o melhor é estarem
calados e não prometerem nada”.
Isto porque “numa coisa tão fluida
como é a situação económica portuguesa se deve evitar juras para a eternidade
mesmo que essa eternidade seja um mês, dois ou três”.
Questionado sobre a reforma do Mapa
Judiciário que está a ser projectada pelo ministério de Paula Teixeira da Cruz,
Marcelo Rebelo de Sousa, também professor de direito, considerou-a
“necessária”, mas “tardia”.
“Já devia ter sido há mais tempo”,
apontou, explanando ainda que “tem que ser bem explicada”.
Além de que “veio em má altura”,
pois “as reformas fazem-se quando há dinheiro, não em tempo de crise, porque é
juntar crise à crise”.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “os
portugueses já têm tantos problemas que acham que são mais problemas”.
Para o comentador, esta reforma
devia ser “feita em tempos de vacas gordas”.
Sem comentários:
Enviar um comentário