O
conselho consultivo da Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas do
mundo, sugeriu aos seus investigadores não só que publicassem os artigos em
revistas científicas de conteúdo livre, como abandonassem os conselhos
editoriais daquelas que não queiram rever o modo de acesso aos artigos que
publicam.
A carta
enviada aos membros da universidade explicitava a “situação insustentável” que
a biblioteca enfrenta devido à subida de preços das assinaturas das revistas
científicas. “Várias grandes editoras de revistas tornaram a comunicação
científica finaceiramente insustentável e restritiva a nível académico. A
situação é exacerbada devido ao esforço de certos editores de adquirirem,
agregarem e aumentarem o preço das revistas”, diz a carta enviada a 17 de
Abril.
Segundo o documento, o custo anual que a universidade suporta para ter acesso às revistas é de 3,75 milhões de dólares (2,83 milhões de euros). Em 2010, este valor era um décimo de todas as colecções que a biblioteca adquiria. A carta denunciava ainda que, em apenas seis anos, a assinatura de algumas revistas tinham aumentado em 145%, custando a de algmas 30.200 euros por ano.
“Apesar de a produção científica continuar a aumentar e de a publicação poder ser cara, margens de lucro de 35% ou mais sugerem que os preços que temos de pagar não resultam de um aumento do número de novos artigos”, diz o documento.
Muitos contractos englobam várias revistas diferentes que pertencem a uma editora. Algumas destas revistas têm muita leitura, outras nem tanto. Por isso, o conselho consultivo da universidade quer diminuir assinaturas que envolvem muitas revistas, já que não são comportáveis para a biblioteca. Não fazê-lo “pode erodir seriamente colecções noutras áreas, que já estão comprometidas”, refere a carta.
Para lutar contra o status quo da publicação científica, o documento propõe aos professores e estudantes para considerarem submeter os artigos a revistas de acesso livre, ou que têm custos de assinatura razoáveis. “Desloquem o prestígio para [as publicações de] acesso livre”, sugere o documento.
“Se estiverem num conselho editorial de uma revista, verifiquem se pode ser de acesso livre, ou se pode ser publicada por outras editoras. Se não for assim, considerem a vossa demissão”, diz ainda. Outra proposta é que os cientistas encorajem as associações profissionais a tomarem conta das revistas da sua especialidade.
Segundo o documento, o custo anual que a universidade suporta para ter acesso às revistas é de 3,75 milhões de dólares (2,83 milhões de euros). Em 2010, este valor era um décimo de todas as colecções que a biblioteca adquiria. A carta denunciava ainda que, em apenas seis anos, a assinatura de algumas revistas tinham aumentado em 145%, custando a de algmas 30.200 euros por ano.
“Apesar de a produção científica continuar a aumentar e de a publicação poder ser cara, margens de lucro de 35% ou mais sugerem que os preços que temos de pagar não resultam de um aumento do número de novos artigos”, diz o documento.
Muitos contractos englobam várias revistas diferentes que pertencem a uma editora. Algumas destas revistas têm muita leitura, outras nem tanto. Por isso, o conselho consultivo da universidade quer diminuir assinaturas que envolvem muitas revistas, já que não são comportáveis para a biblioteca. Não fazê-lo “pode erodir seriamente colecções noutras áreas, que já estão comprometidas”, refere a carta.
Para lutar contra o status quo da publicação científica, o documento propõe aos professores e estudantes para considerarem submeter os artigos a revistas de acesso livre, ou que têm custos de assinatura razoáveis. “Desloquem o prestígio para [as publicações de] acesso livre”, sugere o documento.
“Se estiverem num conselho editorial de uma revista, verifiquem se pode ser de acesso livre, ou se pode ser publicada por outras editoras. Se não for assim, considerem a vossa demissão”, diz ainda. Outra proposta é que os cientistas encorajem as associações profissionais a tomarem conta das revistas da sua especialidade.
Público,
26.04.2012