18.04.2012 - 12:59 Por Sofia Rodrigues
Fernando Negrão (PSD) disse ainda
não ter sido formalmente informado dos nomes indicados pelos partidos. (Daniel
Rocha)
A eleição dos novos juízes do Tribunal Constitucional,
prevista para sexta-feira, foi adiada para "salvaguardar o tempo e a
serenidade necessários" à audição dos candidatos no Parlamento, segundo
fonte oficial do gabinete da Presidente da Assembleia da República, citada pela
Lusa.
Fonte oficial do gabinete da presidente da Assembleia da República insistiu em que a eleição de três juízes para o Tribunal Constitucional (TC) foi adiada "mas por um consenso largo na Assembleia da República, com os grupos parlamentares", não se tratando de uma decisão de Assunção Esteves, segundo a Lusa.
"A eleição vai ser adiada para salvaguardar o tempo e a serenidade necessários à audição dos candidatos ao Tribunal Constitucional na comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, na Assembleia da República", acrescentou a mesma fonte.
Questionada sobre se está em causa alguma questão de preenchimento de requisitos por parte de algum dos candidatos, como se pode ler na imprensa de hoje, a mesma fonte respondeu: "O gabinete da presidente não comenta nenhum nome, o que o gabinete da presidente disse aos jornais mas nem sempre foi bem citado, infelizmente, foi que a presidente da Assembleia da República está ainda a verificar os requisitos de admissibilidade dos candidatos. Portanto, trata-se de uma questão de verificação e não de dúvida".
Fernando Negrão rejeita que haja falta de tempo para as audições até sexta-feira. “Não fui informado formalmente dos nomes e por isso não marquei nenhuma audição”, disse o deputado social-democrata. À luz do regimento, as bancadas têm de informar a Presidente da Assembleia que depois envia um ofício ao presidente da comissão de Assuntos Constitucionais.
O PS indicou o antigo secretário de Estado da Justiça no governo liderado por Sócrates, Conde Rodrigues, o PSD propôs Paulo Saragoça da Matta e o CDS escolheu Fátima Mata Mouros. Segundo o Jornal de Negócios e o Expresso, o nome de Conde Rodrigues está a causar problemas porque o magistrado tem uma licença de vencimento de longa duração. De acordo com a lei, pelo menos seis dos 13 juízes têm de estar no activo.
A Lusa contactou o antigo secretário de Estado, mas Conde Rodrigues não quis fazer qualquer comentário. Também fonte oficial da bancada socialista não comentou esta questão.
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