terça-feira, 7 de maio de 2013

Primeira arma inteiramente impressa em 3D disparada com sucesso






Uma imagem do vídeo do teste da pistola DEFENSE DISTRIBUTED
O fundador de uma organização dos EUA chamada Defense Distributed disparou com sucesso uma arma de plástico feita numa impressora 3D, naquele que é o primeiro caso deste género a ser divulgado.
A organização estava há meses empenhada em imprimir em 3D todos os componentes para criar uma arma verdadeira. O vídeo com a demonstração da arma a disparar foi publicado no YouTube e o teste foi também filmado pela BBC.

As imagens mostram Cody Wilson,  um estudante universitário de Direito com 25 anos, a disparar um único tiro. Arma é inteiramente feita de plástico, com excepção de um prego, que é usado como percussor, a peça responsável por bater na bala e originar o disparo. A bala disparada era uma munição convencional.

Wilson tem uma licença para fabrico de armamento e o modelo tem também espaço para a inclusão de uma peça metálica, de forma a que a arma não consiga passar por detectores de metais e cumpra assim a legislação americana.

Para criar a pistola, o fundador da Defense Distributed comprou uma impressora 3D por oito mil dólares. Estas impressoras criam objectos sobrepondo várias camadas de um plástico especial. A impressora de Wilson é mais sofisticada do que os modelos frequentemente usados pelos entusiastas da tecnologia, que se dedicam a imprimir vários tipos de objectos.

A impressão 3D é uma tecnologia que tem sido várias vezes apresentada como revolucionária (pelo menos duas vezes nas páginas de The Economist), abrindo caminho para o fabrico de objectos em casa e à medida. Os adeptos queixam-se agora de que a impressão de armas vai afectar negativamente a evolução da tecnologia.

Tal como Wilson já tinha anunciado, o ficheiro que permite a impressão da pistola está desde esta segunda-feira disponível no site da organização. O caso já levou a várias reacções políticas nos EUA, com pedidos de proibição do fabrico destes objectos por parte de alguns políticos e de organizações anti-armas.
Público, 7-5-2013

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