LUSA
O presidente do
CDS-PP disse este domingo não concordar com a nova contribuição sobre pensões.
Portas discordou de algumas
medidas anunciadas por Passos DANIEL
ROCHA
O PS considerou que o presidente do CDS-PP
desautorizou o primeiro-ministro ao dizer que não aceita corte nas pensões e
que o Governo negociará medidas, afirmando que Portugal “tem dois pequenos
Governos sem credibilidade política”.
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, disse
este domingo não concordar com a nova contribuição sobre pensões e adiantou que
o Governo vai negociar com a troika para encontrar medidas
de redução da despesa do Estado equivalentes.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do
PS, João Ribeiro, considerou que esta declaração do ministro de Estado e dos
Negócios Estrangeiros é de uma “enorme gravidade” e uma “profunda
desautorização do primeiro-ministro”, afirmando que Portugal, neste momento, já
não tem “um Governo” mas sim “dois governos”.
“Em menos de 48 horas, depois de o
primeiro-ministro apresentar medidas, o ministro de Estado vem dizer que não é
tudo a valer, que há coisas que são para negociar e que afinal até o Governo
negociou mais tempo com a troika, o que é uma declaração absolutamente
surpreendente depois de tudo o que ouvimos dizer o primeiro-ministro sobre
isto”.
Na opinião de João Ribeiro, Portugal não tem um
“Governo com uma fusão ou uma coligação de dois partidos”, neste momento há
“dois governos, dois pequenos governos sem autoridade política”.
“Compete ao primeiro-ministro avaliar o seu
grau de resistência a desautorizações e compete-lhe a ele fazer essa avaliação
política”, enfatizou.
O porta-voz do PS reitera assim que perante
“uma crise política” o caminho defendido pelos socialistas é a “renegociação
das condições de ajustamento e essa renegociação precisa de um Governo forte,
não precisa de um Governo dividido”.
“A questão essencial é que neste momento não
temos um Governo forte, temos dois pequenos governos sem credibilidade
política”, sublinhou.
Público, 6-5-2013
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