quinta-feira, 4 de abril de 2013

Perpétua para pai inglês de seis crianças mortas


Mick Philpott, pai das seis crianças que morreram num incêndio em Derby, no centro de Inglaterra, foi condenado nesta quinta-feira a prisão perpétua por incêndio voluntário da casa de família. 
Dois cúmplices, a mulher, Mairead, de 32 anos, e um amigo, Paul Mosley, de 46, foram condenados a penas de 17 anos de prisão.
Na leitura da sentença, a juíza Kathryn Thirwall afirmou que Philpott, 56 anos, deve cumprir no mínimo 15 anos de prisão pelo seu papel de "força motriz" do trio e por ter revelado em tribunal ser uma pessoa violenta e mal formada.
"O senhor é um homem particularmente perigoso. O princípio que o guia é o de que 'o que Mick Philpott quer, Mick Philpott consegue'. O senhor não tem uma bússola moral", disse a juíza.
Philpott, pai de 17 filhos de cinco mulheres, desempregado, Mairead e Paul Mosley planearam o incêndio na casa de família que a 11 de maio de 2012 matou os cinco filhos do casal e uma sexta criança fruto de uma relação anterior de Mairead. As crianças tinham entre 5 e 13 anos.
O objetivo do trio era atribuir a culpa do incêndio a uma antiga amante de Mick Philpott que viveu com o casal durante anos e saiu daquela casa com os cinco filhos meses antes da tragédia. Segundo a acusação, Philpott pretendia obter a custódia desses filhos, para obter mais benefícios sociais e uma habitação maior.
Mas o plano "correu tragicamente mal", segundo Samantha Shallow, dos serviços do procurador.
Uma vez ateado o fogo, Mick Philpott tencionava entrar na casa, uma habitação social de dois andares, e salvar as crianças. Mas a janela à qual deveria aceder com um escadote estava bloqueada e as crianças, que deveriam estar todas no mesmo quarto, dormiam em três quartos separados.
O fogo e o fumo tomaram rapidamente toda a casa, matando as seis crianças e destruindo a habitação.
"Um ato diabólico, estúpido, vergonhoso", comentou o responsável da polícia encarregado do inquérito, Steve Cotterill, acrescentando ter sido uma das investigações "mais chocantes" em que participou.
Correio da Manhã, 4-4-2013

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