PÚBLICO e LUSA
Os condenados do processo Casa Pia, Jorge Ritto e Manuel Abrantes
entregaram-se na manhã desta quinta-feira no estabelecimento prisional da
Carregueira, Sintra, mas saíram para almoço cerca das 12h20, uma vez que ainda
estão por resolver "questões administrativas" relacionadas com o
cumprimento das penas de prisão, avança a agência Lusa.
O antigo provedor-adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes e o
ex-embaixador Jorge Ritto, condenados no âmbito do processo Casa Pia, estavam
às 10h30 à porta da prisão da Carregueira.
Manuel Abrantes disse à Lusa que chegou à Carregueira cerca das
10h25, acompanhado pela mulher e por um dos seus advogados, Marta Saramago,
para cumprir o restante dos cinco anos e nove meses de prisão a que foi
condenado.
À porta da prisão, segundo Manuel Abrantes, encontrava-se já o
ex-embaixador Jorge Ritto, igualmente para se entregar às autoridades.
Os dois condenados já tinham revelado intenção de se entregar, mas
aguardavam apenas a emissão dos respectivos mandados de detenção pelo tribunal
para que pudessem apresentar-se.
Carlos Cruz está, desde terça-feira, no mesmo estabelecimento
prisional, em Sintra. O antigo apresentador de televisão, de 71 anos, decidiu
apresentar-se voluntariamente na prisão, ainda antes de a sua detenção ser
determinada pelas autoridades. A pena de quatro anos e oito meses poderá,
contudo, ser encurtada para pouco mais de um ano, de acordo com uma
prerrogativa que a lei concede a todos os reclusos.
O ex-motorista da Casa Pia, Carlos Silvino, cumpre também uma pena
de 15 anos na Carregueira. Só o médico Ferreira Diniz continuará em liberdade.
O condenado aguarda resposta a um requerimento feito ao Tribunal
Constitucional, alegando a prescrição dos crimes de abuso sexual de menores que
lhe valeram sete anos de sentença.
Público on line, 4-4-2013
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