As narrativas
fundadoras dão à Justiça um valor insubstituível, o qual não é dado ao governo
dos homens. Hume desvalorizava-o por ser um "artifício segundo". A
legitimidade é decisiva para o sustentar. Hoje o consenso que a justificaria é
pouco mais que uma aquiescência passiva. A fadiga democrática aprofunda-se.
Também a propaganda mediática dos comentadores omnipresentes, cevados pela rede
efémera do elogio mútuo, não só retiram verdade à democracia como lhe acentuam
falsificação. Pilha recente dela é a bolha humilhante da transigência 'secreta'
sobre as 'borlas' nos transportes para magistrados.
Um escândalo que tem mais ganga ideológica que informação, mas que evidencia um 'complexo canibalista' que tanto atrai como atraiçoa. Que boa oportunidade de se engrandecerem os que admiramos seus escrúpulos; máscaras que escondem as raízes fundas da mentira, dissimulam ódios minúsculos, mas não disfarçam a inveja que sorri!
Adiante. Há que ser gente. Resistir ao circo que despreza a justiça e quer sitiar a autonomia e a independência das magistraturas.
Quem quer uma nação falhada enfraquece as suas instituições. Nós queremos uma democracia forte que valorize a Justiça.
Um escândalo que tem mais ganga ideológica que informação, mas que evidencia um 'complexo canibalista' que tanto atrai como atraiçoa. Que boa oportunidade de se engrandecerem os que admiramos seus escrúpulos; máscaras que escondem as raízes fundas da mentira, dissimulam ódios minúsculos, mas não disfarçam a inveja que sorri!
Adiante. Há que ser gente. Resistir ao circo que despreza a justiça e quer sitiar a autonomia e a independência das magistraturas.
Quem quer uma nação falhada enfraquece as suas instituições. Nós queremos uma democracia forte que valorize a Justiça.
Luís Albuquerque
Correio da
Manhã, 5 de Novembro de 2012
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