O primeiro-ministro disse estar
“muito consciente” das suas conversas ao telefone e privadas
O Ministério Público suspeita que um banqueiro envolvido no caso “Monte
Branco” telefonou ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para o pressionar
por causa de um processo de privatização, revela hoje o Diário de Notícias.
Segundo
o mesmo jornal, que cita fontes judiciais, Passos Coelho não terá “dado troco”,
afirmando que não tencionava interferir no processo em causa. O diário não
revela o nome do banqueiro, mas segundo a edição deste domingo do Correio da Manhã, trata-se de
José Maria Ricciardi, presidente do BESI (Banco Espírito Santo de
Investimento), e em causa estava a privatização da EDP.
Estas revelações surgem na sequência da manchete do semanário Expresso, segundo a qual o ex-Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, pediu ao Supremo Tribunal de Justiça para validar escutas telefónicas em que Passos Coelho participa.
O primeiro-ministro foi “escutado fortuitamente no âmbito do processo Monte Branco”, revelou ontem o Expresso, citando fontes judiciais não identificadas. Esta informação foi ontem confirmada pelo PÚBLICO.
O caso "Monte Branco" envolve quatro banqueiros portugueses e suíços e um cambista, detidos em Maio por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais. A conversa com Passos Coelho foi escutada durante a investigação conduzida pelo procurador Rosário Teixeira, que entendeu a conversa como uma forma de pressão sobre o primeiro-ministro. Mas como se tratava de uma escuta em que Passos Coelho tinha sido envolvido "fortuitamente", a sua transcrição teria que ser validada pelo Supremo.
O pedido de validação foi remetido ao presidente do Supremo, Noronha Nascimento, em 8 de Outubro.
Ontem, Passos Coelho afirmou que leu a notícia do semanário “com muita perplexidade” e considerou ter havido uma quebra do segredo de justiça.
“É preciso saber o que se passou para essa ilegalidade ter acontecido, quem é responsável por esse segredo de justiça ter sido quebrado. O jornal parece ter mais informação do que eu”, afirmou aos jornalistas, à saída do Conselho Nacional do PSD, em Lisboa.
O primeiro-ministro disse estar “muito consciente” das suas conversas ao telefone e privadas e garantiu “não ter nenhum receio de que venham ao conhecimento público”. “Se a notícia tem fundamento, qualquer que seja a conversa tenho todo o prazer que essas escutas sejam tornadas públicas”, acrescentou.
Já na passada segunda-feira, o PÚBLICO revelou que o ministro-adjunto de Passos Coelho, Miguel Relvas, foi também escutado numa conversa com José Maria Ricciardi, do BESI (Banco Espírito Santo Investimento), no âmbito do mesmo processo Monte Branco.
O Ministério Público tem na sua posse gravações de conversas entre os dois, no período entre Setembro de 2011 e Fevereiro deste ano.
Estas revelações surgem na sequência da manchete do semanário Expresso, segundo a qual o ex-Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, pediu ao Supremo Tribunal de Justiça para validar escutas telefónicas em que Passos Coelho participa.
O primeiro-ministro foi “escutado fortuitamente no âmbito do processo Monte Branco”, revelou ontem o Expresso, citando fontes judiciais não identificadas. Esta informação foi ontem confirmada pelo PÚBLICO.
O caso "Monte Branco" envolve quatro banqueiros portugueses e suíços e um cambista, detidos em Maio por suspeitas de fraude fiscal e branqueamento de capitais. A conversa com Passos Coelho foi escutada durante a investigação conduzida pelo procurador Rosário Teixeira, que entendeu a conversa como uma forma de pressão sobre o primeiro-ministro. Mas como se tratava de uma escuta em que Passos Coelho tinha sido envolvido "fortuitamente", a sua transcrição teria que ser validada pelo Supremo.
O pedido de validação foi remetido ao presidente do Supremo, Noronha Nascimento, em 8 de Outubro.
Ontem, Passos Coelho afirmou que leu a notícia do semanário “com muita perplexidade” e considerou ter havido uma quebra do segredo de justiça.
“É preciso saber o que se passou para essa ilegalidade ter acontecido, quem é responsável por esse segredo de justiça ter sido quebrado. O jornal parece ter mais informação do que eu”, afirmou aos jornalistas, à saída do Conselho Nacional do PSD, em Lisboa.
O primeiro-ministro disse estar “muito consciente” das suas conversas ao telefone e privadas e garantiu “não ter nenhum receio de que venham ao conhecimento público”. “Se a notícia tem fundamento, qualquer que seja a conversa tenho todo o prazer que essas escutas sejam tornadas públicas”, acrescentou.
Já na passada segunda-feira, o PÚBLICO revelou que o ministro-adjunto de Passos Coelho, Miguel Relvas, foi também escutado numa conversa com José Maria Ricciardi, do BESI (Banco Espírito Santo Investimento), no âmbito do mesmo processo Monte Branco.
O Ministério Público tem na sua posse gravações de conversas entre os dois, no período entre Setembro de 2011 e Fevereiro deste ano.
Público
21-10-2012
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