Cada vez é mais difícil perceber (ou talvez não!) quais os objectivos do governo no combate à crise. Depois da brilhante “operação aritmética” da DGAJ, que com base na reforma do mapa judiciário descobriu magistrados e funcionários onde os não há, surge agora essa milagrosa receita para acabar com o desemprego, que passa por pagar a agências privadas para ‘arranjarem’ trabalho para os desempregados e vai arranjar um gestor de carreira para cada desempregado, para facilitar o regresso ao mercado de trabalho.
Ou seja, o governo que corta prestações sociais a torto e a direito, prossegue a política de extinção de se viços públicos essenciais, da saúde à justiça, passando pelos transportes, vai agora financiar privados e dar emprego a mais uns “boys”!
Em vez de desbaratar dinheiro com essas empresas privadas e recrutar esses amigos, perdão, gestores (?!), não seria preferível utilizar os serviços públicos e os técnicos já existentes na administração pública? E era até menos dispendioso para o erário público. E têm a lata de andar sempre a dizer que é preciso diminuir os funcionários e emagrecer o Estado. Assim?!
Fernando Jorge (Presidente SFJ)
Correio da Manhã de 28-02-2012
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