SEGURANÇA
Corte de 500 Milhões abrange Justiça, MAI e Defesa
por Lusa, publicado por Luís Manuel CabralHoje
Paula Teixeira da Cruz, ministra da JustiçaFotografia © Paulo Spranger - Global Imagens
A ministra da Justiça admitiu hoje estar previsto um corte de 500 milhões de euros na área da segurança, mas observou que esse montante será repartido entre os ministérios da Justiça, Administração Interna e Defesa.
Falando à margem de um seminário sobre alterações ao Código Penal e Código de Processo Penal, realizado pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Paula Teixeira da Cruz referiu que a Justiça contribuirá "objetivamente" para esse "esforço", estando o assunto a ser estudado.
A ministra confessou não gostar do termo "refundação do Estado Social", preferindo falar em "revisitar as funções do Estado", o que é "algo muito mais importante".
Paula Teixeira da Cruz assegurou que o atual Governo promove a "paz social", mas que, tendo sido exigidos "sacrifícios muito grandes" aos portugueses", há que "compreender" os protestos de rua e a "reação" que tais medidas provocam nas pessoas.
"Temos que olhar para esse fenómeno com compreensão e com atenção", frisou.
Na quinta-feira um membro do Governo disse à agência Lusa que o executivo começou há uma semana um conjunto de reuniões com alguns técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para preparar a reforma do Estado.
"Estão a ser realizadas reuniões com os ministérios para análise das principais áreas de despesa e para perceção do que pode ser feito em matéria de reformas", explicou à Lusa a fonte governamental.
Na quarta-feira, o antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes anunciou num programa da TVI 24, que as reuniões aconteceram nos ministérios da Administração Interna e na Defesa.
Anteriormente, Passos Coelho tinha dito que até 2014 vai realizar-se uma reforma do Estado que constituirá "uma refundação do memorando de entendimento" e defendeu que o PS deve estar comprometido com esse processo.
De acordo com Passos Coelho, esta "nova fase" de redução da despesa através da reorganização das estruturas e funções do Estado vai ser "uma transformação para melhor e não uma compressão ou redução daquilo que existia até agora", feita "em nome do interesse comum de todos os portugueses".
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