por Lusa, texto
publicado por Sofia Fonseca
Fotografia © Vítor Rios/Global Imagens
Pinto Monteiro afirmou hoje
"estar orgulhoso" daquilo que fez como procurador-geral da República
(PGR), mas disse ter "pena daquilo que queria fazer e não fez", em
parte por culpa sua, mas também por "feroz oposição interna e
externa".
Falando na
cerimónia de tomada de posse, em Lisboa, dos novos procuradores-gerais
adjuntos, Pinto Monteiro, que termina o mandato em outubro próximo, revelou
"não estar arrependido" de ter aceitado o cargo, apesar de, na
altura, ter "hesitado bastante", porque "estava bem" como
juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, após subir todos os degraus da
magistratura judicial.
"Hoje,
hesitaria menos e aceitaria logo", acentuou.
Justificando
o tom confessional da sua intervenção de hoje, por ser a última cerimónia de
posse em que participa como PGR, Pinto Monteiro disse ter "orgulho"
naquilo que fez enquanto titular do cargo e, quanto "àquilo que queria
fazer e não fez", assumiu a sua quota parte de culpa, atribuindo a
restante à "feroz oposição interna e externa" que teve durante o seu
mandato.
A este
propósito, insistiu que "era altura de rever os Estatutos" do
Ministério Público (MP), por forma a atualizá-los, observando que, nesse
domínio, o "Estado devia clarificar várias situações e definir a chamada
relação de forças dentro do MP".
Caso
contrário, anteviu que o MP sentirá dificuldades em cumprir as suas obrigações
perante os cidadãos, apesar de ter magistrados de "alto gabarito".
Diário de
Noticias 4-0-2012
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