Nuno Vasconcellos quer
contestar a acusação do Ministério Público antes do julgamento. João Luís,
ex-diretor operacional do SIED, e Jorge Silva Carvalho, querem ir já para
julgamento.
O presidente do grupo Ongoing, Nuno
Vasconcellos, acusado de corrupção ativa, é o único arguido do chamado
"caso das secretas" a pedir a abertura da fase de instrução,
confirmou esta tarde o DN junto de fonte próxima do processo. Tal como Jorge
Silva Carvalho, ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas e Defesa
(SIED), João Luís, antigo diretor operacional, também pretende avançar de
imediato para julgamento. Porém, ambos terão que aguardar pelo encerramento da
instrução.
Em declarações ao DN, Paulo Simão Caldas, advogado
que representa João Luís (acusado de um crime de abuso de poder e outro de
acesso indevido a dados pessoais) adiantou: "Não vamos pedir a abertura da
instrução. Queremos ir diretamente para julgamento". A mesma intenção,
recorde-se, foi defendida por João Medeiros, advogado de Jorge Silva Carvalho
(acusado de corrupção passiva, violação do Segredo de Estado, abuso de poder e
acesso indevido a dados pessoais).
O caso das secretas nasceu de uma suspeita sobre um
ato de espionagem ao jornalista Nuno Simas. A acusação da 9.ª secção do
Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP) sustenta que Jorge
Silva Carvalho e João Luís obtiveram uma lista com a faturação detalhada do
jornalista. Por outro lado, Silva Carvalho e Nuno Vasconcellos são acusados de
corrupção: o Ministério Público considera que a contratação do primeiro para os
quadros do grupo Ongoing (proprietário do jornal Diário Económico) foi uma
contrapartida dada ao ex-diretor do SIED pela informação que, nestas funções,
cedeu àquele grupo empresarial.
Carlos
Rodrigues Lima e Valentina Marcelino
DN
de 29-5-2012
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