Professor não se excluiu da corrida a Belém e criticou
governo e PSD sobre gestão do caso da demissão de Joaquim Pais Jorge
Desta vez, Marcelo Rebelo de Sousa não foi tão
categórico a afastar-se da futura corrida presidencial. Ontem, no habitual
comentário na TVI, o professor, depois de questionado pela jornalista Judite de
Sousa, remeteu para a "primavera de 2015" uma decisão sobre os
candidatos. Sendo que, à direita, Marcelo sugere como um dos mais bem
posicionados para suceder a Cavaco Silva.
Sobre a polémica dos swaps e da demissão do secretário
de Estado Joaquim Pais Jorge, Marcelo Rebelo de Sousa criticou, ontem, a
coordenação e comunicação do governo e do PSD para resolver o caso. O
comentador chegou a dizer que um comunicado partido continha uma "coisa
maravilhosa": pedia para investigar um eventual crime de ocultação do
défice. "O PSD acusou o Citibank de uma atuação criminosa",
considerou Marcelo, já que foi o banco quem propôs, em 2005, dos contratos de
swap ao governo de José Sócrates, que teriam como efeito a redução do défice.
No habitual comentário dominical na TVI, Marcelo
Rebelo de Sousa deixou a entender que o recurso ao Ministério Público, pedido
pelo PSD, foi um erro: "Os políticos queixam-se que a justiça passa a vida
a meter o bedelho na política e a criticar a judicialização da mesma e depois
chamam-na para investigar".
Sobre Joaquim Pais Jorge, o comentador declarou ainda
que ficaram muitas dúvidas por esclarecer na demissão de Joaquim Pais Jorge.
Como, por exemplo, se esteve ou não em reuniões com os
assessores de José Sócrates, qual era o seu grau de conhecimento das propostas
feitas para um swap associado às contas pública e porque é que o documento com
a proposta do Citigroup, revelado na semana passada foi manipulado?
Diário de Notícias, 11 Agosto 2013
Sem comentários:
Enviar um comentário